A presidente Dilma Rousseff pediu “cautela” e “tranquilidade” nesta segunda-feira (9) diante da decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a tramitação de seu processo de impeachment. Segundo a presidente, ainda há “uma disputa dura pela frente”.
Para Dilma, é preciso “compreender a situação para poder lutar” porque a conjuntura política hoje no país é de “manhas e artimanhas”.
“A gente tem que saber que temos pela frente uma disputa dura, cheia de dificuldades. Peço encarecidamente aos senhores parlamentares uma certa tranquilidade pra lidar com isso. Vai ter muita luta, muita disputa”, disse Dilma durante evento no Palácio do Planalto, para o anúncio da criação de novas universidades.
“Por favor, tenham cautela. Vivemos uma conjuntura de manhas e artimanhas. Só vamos entender o que está em curso se percebermos que 1) é difícil; 2) que temos que compreender a situação para poder lutar”, completou a presidente.
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Dilma foi avisada por assessores sobre a decisão de Maranhão durante evento no Planalto e afirmou que não sabia se era uma informação oficial nem quais seriam as consequências dela. Ela estava sendo informada segundo as notícias veiculadas na imprensa.
“Soube agora, apareceu nos celulares de todo mundo aqui, que um recurso foi aceito e que, portanto, o processo [de impeachment], está suspenso. Eu não tenho essa informação oficial. Estou falando porque não podia fingir que não estava sabendo. Não é oficial. Não sei as consequências”, disse a petista.
Em meio a gritos de “não vai ter golpe”, “viva, Maranhão” e “fica, querida”, Dilma teve dificuldade para terminar seu discurso. A presidente brincava e sorria para a plateia formada por simpatizantes do governo, mas pedia “silêncio”. “Pelo amor de Deus, eu estou tentando...”, repetia.
Dilma voltou a falar que é “vítima de um golpe” e que seu processo de impeachment “não tem base legal”.
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