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Chefe do gabinete pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos dois mandatos, Gilberto Carvalho assumiu a Secretaria-Geral da Presidência neste domingo (2), prometendo continuar a fazer "pontes" com os movimentos sociais e manter as "portas abertas" às reivindicações da sociedade civil.

Em seu discurso de posse, na tarde deste domingo, em Brasília, Carvalho contou que a presidente Dilma Rousseff lhe convidou para o cargo pedindo que ele lhe diga "verdades" e que leve "sensibilidade ao governo.

"A conversa da Dilma comigo foi muito simples e muito rápida. Ela falou: ‘Gilbertinho, eu preciso de você do meu lado pra me dizer as verdades, para me falar das coisas como elas acontecem e eu preciso de você pra me trazer a sensibilidade e o sofrimento do povo e dos movimentos sociais", disse Carvalho.

O novo ministro citou movimentos que lutam pelas minorias, pela cidadania, os catadores e moradores de rua. Disse que assumia a o compromisso de "continuar tentando fazer a ponte" e de manter o diálogo. Pediu, no entanto, que os movimentos sociais façam não só reivindicações, mas que participem da discussão de temas. Ele também citou a erradicação da miséria, compromisso assumido pela presidente na campanha eleitoral e no discurso de posse.

Ex-ministro

O ex-ministro Luiz Dulci discursou antes de Carvalho. Elogiou o sucessor e destacou o diálogo do governo Lula com organizações não-governamentais. "Nenhuma conquista do governo Lula deixou de ter a participação dos movimentos sociais", afirmou, citando programas como o "Minha Casa, Minha Vida" e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

‘Por esse homem eu posso morrer’Carvalho se emocionou algumas vezes durante o discurso. Uma delas foi quando lembrou do depoimento que prestou à CPI dos Bingos em 2005 e da relação com Lula, falando da "gratidão" que tem pelo ex-presidente.

"O presidente me sustentou nas horas mais difíceis. Jamais vou esquecer quando voltei do segundo depoimento na CPI, ele tinha atrasado uma viagem e estava me esperando sentado na minha sala dizendo ‘Gilbertinho, vamos tomar uma cachacinha pra esquecer essas coisas e vamos tocar a vida pela frente. Eu jamais vou me esquecer, e por este homem eu posso morrer", disse.

O novo ministro também lembrou de amigos e falou dos "companheiros que ficaram pelo caminho", numa referência ao discurso de Dilma na posse.

"Lembro aqui do Juca Quiabo, do Antonio, do Roberto, de companheiros metalúrgicos, cujo olhar não conseguia entender a demissão que sofreram depois da greve de 79 em Curitiba. É graças a eles e a tantos outros que estamos aqui neste momento."

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