A presidente Dilma Rousseff reafirmou nesta quarta (2), na mensagem do governo ao Congresso Nacional, o compromisso que havia sumido no discurso de posse: o de erradicar a miséria. Ela conclamou os governantes municipais e estaduais a se unirem em um "pacto de avanço social" para eliminar a miséria. Mas ressalvou que a missão não se restringe ao governo. "É uma missão de todos os brasileiros", afirmou.
Leia a íntegra da mensagem de Dilma
"O Brasil não pode aceitar mais que milhões de pessoas vivam na miseria, que não tenham alimentação, que continuem vivendo na miséria, que não tenham um teto para viver", afirmou no plenário da Câmara, sob o aplauso dos congressistas.
Segundo a presidente, o governo "não permitirá" que a inflação e prejudique os mais pobres. "Manteremos a estabilidade da economia como valor absoluto. Reafirmo que não permitiremos em nenhum hipótese que a inflação volte a corroer nosso tecido econômico e a penalizar os mais pobres", declarou.
Dilma chegou à Câmara pouco antes das 16h. Foi recebida pelo presidentes da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), e pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
A presidente chegou acompanhada do ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e da Casa Civil, Antonio Palloci. Cumprimentando deputados e senadores no trajeto, ela atravessou todo o plenário até chegar à mesa, onde ouviu o Hino Nacional, ao lado dos presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso.
Confira outros pontos do discurso da presidente no Congresso:
Salário mínimo
Dilma afirmou que enviará ao Congresso uma proposta de reajuste do salário mínimo "conforme estabelece a lei". Segundo ela, "os salários dos trabalhadores terão ganhos reais e serão compatíveis com a condição financeira do estado brasileiro".
Educação
A presidente destacou a educação como uma das "prioridades centrais" do governo. Ela prometeu apoio aos municípios para ampliar a oferta de creches e pré-escola e disse que irá ampliar a oferta de vagas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni).
Chuvas
Ela afirmou que o governo investirá "pesado" em prevenção para evitar tragédias como a das chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro.
"Determinei a implementação de um sistema de alerta e prevenção de desastres naturais, será possível alertar para que as populações sejam retiradas das áreas de risco . O que aconteceu na região serrana do Rio mostra que isso não pode continuar, investiremos pesado para a prevenção. Juntamente com os municípios faremos obras de prevenção e oferecemos novas habitações por meio do Minha Casa Minha Vida", disse.
Saúde
A presidente estipulou uma meta de criação de 500 Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) com investimentos de R$ 2,6 bilhões. Segundo ela, serão aplicados ainda R$ 2,5 bilhôes em unidades básicas de saúdes e na criação de infraestrutura de apoio para as equipes de saúde da família.
PAC
"Retomamos com o PAC a capacidade de planejar a longo prazo, a determinação do governo em induzir o crescimento do país será aprofundado já em 2011 com o PAC 2 e com a segunda fase do programa Minha Casa Minha Vida", declarou.
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