Líder diz que não disputa a presidêndia do Senado
Faltando menos de um ano para o término do mandato de José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Senado, o líder do PMDB, Renan Calheiros, reiterou nesta terça-feira (13) que não é candidato ao cargo. "Eu mesmo não sou candidato, já disse isso várias vezes", afirmou, rebatendo a informação de que Sarney estaria trabalhando em duas frentes para escolher seu sucessor. Renan e o senador licenciado e atual ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, são apontados como as opções preferenciais de Sarney para sucedê-lo.
Calheiros está no terceiro mandato de senador. Em 2005, ele foi eleito presidente do Senado. Reeleito para o cargo em 2007, ele renunciou no final do ano em meio à crise iniciada pela denúncia de que uma empreiteira bancava a pensão de sua filha nascida fora do casamento.
O senador voltou ao topo da política como líder da bancada do PMDB. Na sua avaliação, o "problema" do partido, hoje, não é a falta, mas o "excesso" de nomes capacitados para assumir o comando do Senado. E que cabe a ele, como líder, trabalhar para viabilizar o direito do partido de escolher o presidente da Casa. "O PMDB tem vários nomes com condições de ser o presidente inclusive o Lobão", frisou, referindo-se ao ministro de Minas e Energia. "Não administramos um cenário de escassez, qualquer um é legítimo."
Sobre as articulações do partido na Câmara dos Deputados para eleger presidente da Casa, no ano que vem, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves, Renan desconversou e repetiu que a sua missão é a de viabilizar um nome do partido para o comando do Senado.
Já o ministro Edison Lobão, disse que não há "nenhuma cogitação " de sua parte para ocupar o cargo no Senado. "E até o momento, não fui sondado por absolutamente ninguém a esse respeito", frisou, defendendo a eleição de Renan Calheiros que, na sua opinião, "é um dos nomes mais expressivos do Senado Federal". (AE)
O líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), disse nesta terça-feira (13) que, na conversa que teve na segunda (12) com a presidente Dilma Rousseff, ela reconheceu a necessidade de alterar o tratamento dispensado a parlamentares do PMDB e de outros partidos da base aliada. Renan informou que a presidente quer "conversar mais, ouvir mais as pessoas", atendendo a expectativas que, segundo ele, prevalecem na bancada de seu partido. "A reclamação é em torno disso, as pessoas desejam ampliar um pouco seu papel (de aliado), e reclamam do acesso ao governo, dessa interlocução", explicou.
O líder deixou em suspense como se dará essa proximidade com Dilma. "Mas a presidente está disposta a conversar mais, marcar novas conversas". Calheiros disse que, na conversa de ontem, com a participação da ministra de Relações Institucionais da presidência, Ideli Salvatti, em nenhum momento foi comentada a rejeição no plenário do Senado da recondução do diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Guilherme Figueiredo.
"Ela (Dilma) basicamente comunicou que vai fazer o rodízio de líderes do governo", disse, referindo-se ao momento em que tomou conhecimento da substituição do atual líder Romero Jucá (RR), pelo senador Eduardo Braga (AM), ambos do PMDB. "Ela analisou os fatos, a coisa da bancada, da unidade, da questão do Senado, foi uma conversa ampla".
No entender de Calheiros, ao contrário do que foi cobrado no manifesto dos deputados, os senadores não cobram cargos mas, sim "ter um papel e mais espaço na definição das políticas do governo". "Nós não temos demandas, são questões diferentes e essa insatisfação da ANTT revelou um quadro de insatisfação no Senado", alegou, deixando claro que a reação não foi apenas de seu partido, mas igualmente de outras bancadas do bloco de apoio ao Planalto.
"Não é hora de procurar culpados, mas algumas bancadas atingiram um porcentual (de votos contrários) maior do que o PMDB", defendeu. Como prova, lembrou que apenas 31 senadores votaram a favor da mensagem da presidente Dilma (contra 36 contrários), num plenário com apenas 69 dos 81 senadores presentes, sendo que um deles se absteve.
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