Lançada candidata à Presidência da República sob o lema "Pátria Mãe, Pátria Mulher", em evento no qual a questão do gênero foi abordada como um dos pontos centrais da campanha eleitoral, Dilma Rousseff (PT) até o momento não explicitou políticas públicas ou propostas que pretende implementar nesta área. O comando da campanha argumenta que a candidata vai elucidar as propostas "ao longo do processo eleitoral" e que o combate à desigualdade entre homens e mulheres permeará todas as políticas públicas de um eventual governo Dilma.

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"Estamos coletando propostas de outros partidos da coligação", disse o deputado José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP), um dos coordenadores políticos. Saudações e referências especiais às mulheres são frequentes nos discursos da candidata, que busca reduzir a desvantagem entre o eleitorado feminino, segmento onde seu principal adversário, José Serra (PSDB), tem vantagem de sete pontos porcentuais (41% a 34%), conforme a pesquisa Ibope feita entre os dias 27 e 30 de junho. A única ação já mencionada abertamente pela petista diz respeito à construção de 6 mil creches no país num período de quatro anos, o que auxiliaria as mães trabalhadoras.

Ainda que não tenham invocado a questão da mulher como tema central de campanha da mesma forma que Dilma, os candidatos José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) também abordam o tema em seus pronunciamentos, mas, assim como a petista, ainda não apontaram ações específicas em suas diretrizes de programas de governo protocoladas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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A atuação de Serra como ministro da Saúde no governo de Fernando Henrique Cardoso é um dos dividendos políticos que o candidato pretende explorar. O tucano constantemente cita programas que implementou como ministro, como o "Mãe Canguru", que incentiva o parto humanizado na rede pública e permanência dos recém-nascidos com as mães.

Marina Silva, que nas diretrizes de seu programa de governo promete evitar embates vazios e consensos ocos", menciona mais especificamente a questão da mulher apenas no capítulo educação, quando promete "apoiar a ampliação de instalações apropriadas, com condições básicas de higiene e profissionais qualificados, para que as mulheres possam trabalhar com tranquilidade". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.