Em sua primeira entrevista depois de sair do governo, a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que o PT não se assusta com a discussão da questão ética - conforme proposto por José Serra, pré-candidato do PSDB, ao fazer um balanço de sua gestão em São Paulo. "Esse debate é muito bom para a gente", afirmou ela, dando como exemplo "tudo o que foi feito" nas operações da Controladoria-Geral da União com a Polícia Federal (PF).
"Se teve um governo que levantou o tapete, foi o governo Lula. Antes não apareciam denúncias, porque ninguém apurava." Sem citar nomes, ela criticou a atuação da Procuradoria-Geral da República (PGR) durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso. "Acabamos com a figura do engavetador-geral. Onde está o engavetador? A União não engaveta mais nada", disse. "Nos sentimos muito à vontade em fazer essa discussão."
Dilma reconheceu as falhas no sistema de saúde e propôs aumentar os investimentos em educação. "Dá para aumentar progressivamente os investimentos. Não podemos esquecer que teremos recursos da exploração do pré-sal", afirmou a petista, ao responder se seria possível a verba da educação atingir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) - hoje não chega a 5%. "Temos que investir em educação para sermos de fato um país de liderança mundial."
A ex-ministra da Casa Civil afirmou que os rivais terão de mostrar propostas para o País não ficar estagnado: "O Serra que me desculpe, mas ele não foi só ministro da Saúde. Foi ministro do Planejamento. Planejou o quê?" A petista concedeu a entrevista de improviso, ao ar livre, ao final de uma caminhada pelo Parque da Península dos Ministros, no Lago Sul, bairro onde mora em Brasília.
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