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A presidente Dilma Rousseff reagiu em nota oficial à citação feita nesta quinta-feira (20) pelo ministro do STF, Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão. Para sustentar a existência da compra de votos de parlamentares para apoiar projetos do governo citou depoimento de Dilma à Justiça, em 2009, quando a então ministra-chefe da Casa Civil disse que ficou "surpresa" com a rapidez da votação do marco regulatório do setor elétrico.

Dilma reiterou sua surpresa com a rapidez na votação à época, mas fez questão de dizer que isso se justificava pela importância do tema, pois "ou se reformava ou o setor quebrava", já que o País atravessava uma crise histórica na geração e transmissão de energia elétrica.

A reação do Palácio do Planalto veio quase 24 horas depois da afirmação de Joaquim Barbosa, durante leitura de seu voto, quando defendeu a punição de políticos como Roberto Jefferson, delator do mensalão. Na nota de uma página, a presidente diz que era preciso fazer "esclarecimentos que eliminem qualquer sombra de dúvida acerca das minhas declarações, dentro dos princípios do absoluto respeito que marcam as relações entre os Poderes Executivo e Judiciário".

No texto, Dilma lembra o apagão elétrico do governo Fernando Henrique Cardoso e detalha como foi a tramitação do projeto.Barbosa não citou outros trechos do depoimento. Em um deles Dilma nega que "houve pedido de vantagem financeira" por parte de Janene ou de outra pessoa.

Essa foi a primeira referência ao depoimento da presidente no julgamento.Ao longo do processo, Dilma defendeu, mais de uma vez, o discurso dos réus. Ela afirma que não há provas do mensalão e que houve apenas "empréstimos para pagar dívidas de campanha".

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