O déficit em transações correntes do Brasil a ser deixado pela administração Luiz Inácio Lula da Silva não representa uma herança maldita para o próximo governo, afirmou nesta terça-feira a pré-candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff.

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Segundo o Banco Central, o Brasil registrou em março um déficit em transações correntes de 5,067 bilhões de dólares, o maior do ano, ante saldo negativo de 1,559 bilhão de dólares um ano atrás. Para Dilma, atualmente o perfil da economia é "muito mais saudável e robusto", pois o mercado interno está crescendo e os empresários, investindo.

"A situação externa brasileira não é, de forma alguma, uma situação de pré-crise", afirmou a jornalistas a petista antes de participar de evento.

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Segundo Dilma, o déficit de transações correntes é resultado de maiores importações e remessas de lucros e dividendos. "Se a importação for de bens de capital, nada mal", comentou.

"A balança de serviços no Brasil mudou. Antes, era pagamento de juros e títulos de renda de fixa. Hoje, é investimento externo direto e aumento também da aplicação em bolsa. O déficit tem outro perfil em relação ao déficit do passado."

A pré-candidata argumentou ainda que o Brasil tem "uma margem de manobra muito grande", pois conta com um bom volume de reservas internacionais. No entanto, ela defendeu a criação de políticas que aumentem as exportações do país por meio de incentivos financeiros e tributários.

"Não há nenhum motivo para que a gente fique na imobilidade. Nós temos de fazer uma política de exportações agressiva, toda uma política de inventivo de agregação de valor nas nossas exportações, mas sem desmerecer a exportação de commodities", concluiu.

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