Em evento que reuniu 87 prefeitos do Rio, nesta segunda-feira (10), a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, rebateu as críticas tucanas sobre sua inexperiência, por nunca ter disputado uma eleição, e afirmou que já participou de todas as esferas da administração pública.
A ex-ministra citou como exemplo o período em que foi secretária de Fazenda em Porto Alegre, em 1985. O discurso foi feito durante o almoço, em uma churrascaria em São João de Meriti, o qual a imprensa não teve acesso. Os jornalistas chegaram a ser retirados da janela do restaurante pela segurança do governo do estado. O encontro, organizado pela cúpula do PT e também do PMDB, marcou o apoio dos prefeitos do estado à candidatura de Dilma.
De blusa preta, com blazer e colar vermelhos, Dilma chegou acompanhada do governador do Rio, Sérgio Cabral, o presidente da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, e do prefeito de São João de Meriti, Sandro Mattos.
Ela ressaltou a importância do apoio das prefeituras e afirmou que o Rio é o melhor exemplo de parceria entre os municípios. "Nós não conseguiríamos realizar os programas do governo sem os prefeitos", afirmou ela.
Críticas a governos anterioresA pré-candidata criticou governos anteriores ao falar sobre a atual estabilidade econômica do país. "O Brasil não é mais aquele país de joelhos diante dos credores internacionais. Nós pagamos a dívida", disse.
Dilma continuou defendendo os programas do governo Lula e fez elogios às ações do governo do estado do Rio, como as UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) e as UPAs (Unidade de Pronto Atendimento).
Dos 92 prefeitos convidados, cinco não compareceram, de acordo com a organização do evento. Entre eles, segundo o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Faria, o prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito, a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, e o prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira.
Discurso da esperança
A ex-ministra voltou a falar em esperança, discurso usado por Lula em sua primeira candidatura à presidência.
"Antes a esperança era uma coisa muito difusa, porque você não tinha base real pra esperança porque era um projeto que estava nascendo. Hoje a esperança é baseada em conquistas, é a esperança de quem conseguiu , num nível de formalização do mercado de trabalho que vamos concluir, acredito que governo Lula tenha criado quase 14 milhões de empregos, é a esperança de quem conseguiu retirar da miséria 24 milhões de brasileiros e levar pra classe media outros 31 milhões então é uma esperança que tem uma base de sustentação na realidade", declarou.