Na comemoração dos 458 anos da cidade de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff aproveitou a cerimônia para evitar assuntos políticos e econômicos e falar apenas da importância, da generosidade e do simbolismo da cidade. Ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que também receberam a Medalha 25 de Janeiro, a presidente foi apenas elogios e poesia.
O maior dos elogios foi feito ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, criador do PSD, partido que ao mesmo tempo está em negociações com PT e PSDB em torno de uma aliança nas eleições deste ano à Prefeitura de São Paulo. "Queria dirigir um cumprimento especial e um agradecimento a essa figura capaz de agregar e criar vínculos fraternos e republicanos com pessoas das mais diferenciadas, que é o prefeito Gilberto Kassab, a quem sou muito grata por essa honraria", afirmou.
Para FHC, disse esperar que o reconhecimento aos ex-presidentes da República se torne hábito no País. "Espero que esse reconhecimento, que eu acho importante que nós tenhamos o hábito de fazer para os ex-presidentes da República, seja uma prática do Brasil democrático", afirmou. Dilma lembrou ainda a cerimônia de 2011, quando o ex-vice-presidente José Alencar recebeu a homenagem da Prefeitura de São Paulo. "Tive a honra de participar há um ano de uma cerimônia como esta, que homenageou um grande brasileiro, uma pessoa que deu grandes serviços ao nosso País, o nosso querido e inesquecível José Alencar", afirmou.
A partir daí, a presidente foi só declarações de amor a São Paulo, com direito a citar o trecho mais famoso da música "Sampa", de Caetano Veloso: "Alguma coisa acontece no meu coração, que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João". No coração da mineira Dilma, é a esperança que desperta quando ela passa por esse cruzamento. "Eu acho que tem outro sentimento outra sensação, que passa no coração dos brasileiros quando cruzam a Ipiranga com a Avenida São João, e eu acho que sempre foi uma sensação de esperança", afirmou. "Esperança de todos aqueles que, muitas vezes, saíram do Norte e Nordeste do País em busca de ganhar a vida, mas também uma imensa esperança de que nosso País pode ser do tamanho de São Paulo. Eu acho que, sobretudo, essa esperança é que está sempre no coração e na cabeça da gente".
Para a presidente, São Paulo representa um farol para o País. "São Paulo, sem sombra de dúvida, com a sua capacidade de gerar riqueza, conhecimento e cultura, é e sempre será um farol para o nosso País", disse. "E eu tenho certeza de que nós somos hoje um dos maiores e mais predestinados países do mundo. Temos já no presente muitas realizações. Sobretudo, estamos construindo, e tenho a certeza de que cada vez mais, com a contribuição de cada homem, mulher, prefeito e governador, um Brasil maior".
Dilma ressaltou ainda a generosidade da cidade, que recebe pessoas de todo o País. "Eu já honrava a cidade de São Paulo com amor por suas ruas e sua gente, mas, sobretudo, com a certeza de que aqui nasceu a idade moderna. Aqui nasceu muito do que foram as grandes realizações do País", afirmou. "Aqui também nasceu a capacidade de nosso País ter uma relação generosa com outras regiões, de gerar também desenvolvimento para todas as regiões do País. Por isso São Paulo tem essa característica de esperança".
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião