A presidente Dilma Rousseff repetiu nesta sexta-feira, durante inauguração da plataforma P-56, da Petrobras, gestos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em eventos como este, ao assinar seu nome no jaleco laranja vestido por diretores da companhia, autoridades presentes e alguns trabalhadores. Mas ao contrário de Lula, que por diversas vezes sujou a mão de petróleo para carimbá-las nas costas dos "companheiros", Dilma usou uma caneta própria para tecidos, já que a unidade inaugurada ainda não está em operação.

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A plataforma P-56 deverá começar a produzir petróleo no início de agosto no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos. Acompanhada do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, do governador do Rio, Sérgio Cabral, do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e dos diretores de Gás e Energia, Graça Foster, Abastecimento, Paulo Roberto Costa, e Exploração e Produção, Guilherme Estrella, a presidente posou para fotos com trabalhadores do estaleiro e fez homenagem às mulheres que vão operar a unidade.

O próprio jaleco laranja - uniforme da Petrobras - vestido por Dilma durante a visita recebeu autógrafos dos diretores da estatal e do ministro Lobão. Assim como Lula, a presidente foi bastante aplaudida em sua chegada pelos cerca de 8 mil trabalhadores que lotam o pátio do estaleiro para a cerimônia.

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A P-56 é considerada um marco na indústria naval, porque a unidade é a que apresenta o maior porcentual de conteúdo nacional, de 73%, acima dos 65% exigidos por lei. A plataforma terá como madrinha a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), que recebeu homenagens e posou para fotos abraçada com Dilma.

Com capacidade de produzir um volume total de 100 mil barris por dia e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural, a unidade foi construída como clone da P-51, entregue em 2008. Contratada por US$ 1,2 bilhão junto ao consórcio Keppel Fels Brasil/Technip em outubro de 2007, a unidade teve a maior parte de sua construção realizada no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ).

Ao preço total da plataforma foram acrescidos US$ 300 milhões referentes a dois outros contratos, sendo um relativo ao fornecimento e à montagem dos módulos de compressão de gás, com a Nuovo Pignone, e outro para fornecimento, montagem, operação e manutenção dos módulos de geração elétrica, a cargo da Rolls-Royce Energy e UTC.

O início da operação da P-56 é considerado um dos pontos fundamentais para que a Petrobras consiga cumprir seu cronograma e atingir a meta prevista para a produção média diária de 2,1 milhões de barris de óleo por dia no Brasil. No primeiro trimestre, a estatal atingiu 2,03 milhões de barris por dia.

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