A presidente Dilma Rousseff , candidata à reeleição, voltou a defender nesta segunda-feira (11) a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, ao ser perguntada sobre a possibilidade da dirigente ter os bens bloqueados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Dilma disse que não fará nenhum julgamento sobre Graça Foster baseado em avaliações que considera questionáveis. O bloqueio dos bens foi pedido pelo TCU no processo que apura supostos prejuízos da estatal na compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Dilma disse ainda que vê uma politização do caso. "Acho gravíssimo politizarem uma discussão desse tipo, e não acho muito responsável. Espero que não se faça política nesse assunto, porque a Petrobras é a maior empresa deste país e a Maria das Graças tem méritos inequívocos. Não há dúvida disso, e não é só a minha avaliação, mas a avaliação de entidades internacionais e do próprio mercado", respondeu ao ser perguntada se Graça Foster poderia ser afastada do cargo, no caso de se confirmar o bloqueio dos bens. A declaração foi feita durante entrevista a veículos do Grupo RBS (Rede Brasil Sul de Comunicação).
Dilma disse que em um eventual segundo mandato, uma das questões fundamentais de seu governo será simplificar processos para a construção de obras com o objetivo de reduzir a burocracia. "Não para não fiscalizar, não respeitar o meio ambiente, mas para poder realizar as obras que o Brasil precisa, com a rapidez que o país precisa", explicou.
Sobre a atual política econômica e possíveis mudanças, a presidenta disse que hoje o país vive uma situação reativa à crise econômica mundial, e acha que a retomada está sendo construída. "Acredito que estamos construindo a retomada, estamos construindo um novo ciclo de desenvolvimento". Segundo Dilma, o Brasil ganhou em inclusão social e em estabilidade macroeconômica.
Dilma Rousseff voltou a defender as parcerias público-privadas para obras como as dos aeroportos. Também destacou a importância dos investimentos em educação e avaliou que será preciso discutir uma política para melhorar a remuneração e a formação dos professores. "Teremos que ter uma política para o professor aberta e discutida, que terá de ter uma forma pela qual vamos remunerar sistematicamente, garantindo a ele status e formação. Temos de formar. Todos têm que ter doutorado. Temos que dar ao professor a categoria que ele não tem, usando o dinheiro do petróleo", disse.
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