A presidente Dilma Rousseff abre na tarde desta sexta-feira, no Palácio do Planalto, a primeira reunião ministerial de seu governo. No encontro, alertará a equipe para a necessidade de adotar "procedimentos éticos" e dividir com os ministros da área econômica os ônus políticos que podem resultar dos cortes orçamentários. O ajuste nas contas de cada pasta é considerado "inevitável" pela presidente. A previsão é de que o encontro se estenda até o fim da tarde.

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A abertura da reunião será feita pela própria presidente e deve ser transmitida ao vivo pela NBR, a emissora de TV do governo. Dilma deverá, segundo fontes do Planalto, assumir o papel de gestora preocupada com contas e números de cada órgão da administração federal. No encontro, ela exigirá dos ministros que dividam com Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) os desgastes que podem ser causados pelo ajuste orçamentário.

O comportamento do ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão, que no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamava da falta de orçamento, é lembrado no Planalto como exemplo de postura que Dilma Rousseff não aceitará por parte dos seus subordinados. Ela avalia que não há clima político para a criação de novo imposto para financiar a saúde e diz que a limitação de recursos é uma forma de conhecer a capacidade gerencial de um ministro.

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A presidente deverá ressaltar também, segundo auxiliares, que na falta de recursos é preciso, mais do que nunca, fazer o melhor possível. Após a fala da presidente, o ministro Guido Mantega apresentará um quadro da situação econômica e exporá os limites orçamentários. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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