Dilma Rousseff busca forma de diminuir o impacto dos protestos do próximo domingo.| Foto: Ria NovostiI/Reuters

A presidente Dilma Rousseff se apoiará nos movimentos sociais de esquerda como forma de contra-atacar as manifestações antigoverno – com o apoio do PSDB -– programadas para o próximo domingo (16). A ideia do Planalto é mostrar que a presidente não está isolada politicamente. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

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Paralelamente, Dilma terá encontros reservados com lideranças de diversos partidos da base para cobrar fidelidade nas votações no Congresso – PDT e PTB anunciaram independência recentemente. A intenção é garantir o voto de ao menos 200 deputados para garantir vitória em caso de abertura de um processo de impeachment no Congresso.

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Dentro do governo projeções apontam para uma grande participação popular no protesto de domingo, por isso a preocupação em demonstrar força. Internamente, ministro chegaram a dizer que se não houvesse reação, o protesto poderia marcar o “começo do fim”.

Reprovação de Dilma cresce, chega a 71% e supera a de Collor

O índice de reprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff atingiu um recorde histórico. Com 71% de rejeição, superou as piores taxas registradas pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992) registradas às vésperas do processo de impeachment.

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Nesta terça-feira (11), Dilma se reunirá com a Marcha das Margaridas, que reúne trabalhadores rurais. Na quinta (13), a agenda prevê encontros com o Movimento dos Sem-Terra (MST) e a União Nacional dos Estudantes (UNE).

A guinada à esquerda de Dilma pode ser considerada uma vitória pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula tem insistido para que a sucessora deixe o Planalto e viaje mais pelo Brasil, “conversando” com os movimentos sociais.

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Minha Casa, Minha Vida

Dilma entregará nesta segunda-feira (10) 2.020 unidades do Minha Casa Minha Vida nos residenciais Amendoeira e Santo Antônio, em São Luís, Maranhão.

Após a cerimônia, a presidente seguirá de helicóptero para o Porto de Itaqui, onde participará da inauguração do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no Porto do Itaqui, também na capital.

Essa é a segunda viagem de Dilma para inauguração de conjuntos habitacionais após um agravamento da crise do governo, com pressões da base aliada, que agora tenta reduzir o espaço do PT no Ministério, além do anúncio de dois partidos da base, PDT e PTB, de que votarão contra os projetos governistas. Durante a cerimônia de entrega de condomínios em Boa Vista, Roraima, na sexta-feira (7), a presidente afirmou que é uma pessoa que “aguenta ameaças” e que uma democracia “respeita a eleição direta pelo voto popular”.