A presidenta Dilma Rousseff se prepara para visitar o Haiti no próximo dia 1º. Em conversa com o presidente haitiano, Michel Martelly, Dilma comentou sobre seu desejo de ir a Porto Príncipe, capital do país. Na visita, a presidenta pretende intensificar a cooperação brasileira, ampliando as parcerias nas áreas de saúde em conjunto com Cuba, agricultura, capacitação profissional e o apoio à construção da usina hidrelétrica sobre o Rio Artibonite, no Sul do país.
Assessores de Dilma, que preparam a viagem, disseram que a visita será emblemática, pois ocorre no momento em que o Haiti o país mais pobre das Américas enfrenta ainda dificuldades de reconstrução causadas pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010, quando morreram mais de 220 mil pessoas, e o agravamento da epidemia de cólera.
Empossado no ano passado, o presidente Martelly também vive uma fase delicada. Sem apoio político no Parlamento, ele tenta consolidar-se politicamente por meio de anúncio de ações isoladas. Porém, o histórico político do Haiti de instabilidade e tensões cria um ambiente de apreensão no país, segundo observadores brasileiros.
Independentemente do momento político haitiano, Dilma quer mostrar que o Brasil pretende manter-se como protagonista no que se refere à ajuda ao país. Para a presidenta, o apoio internacional não deve ser limitado às ações militares, mas ampliado para a área social. Os projetos de combate à fome e erradicação da pobreza executados no Brasil, por exemplo, podem ser adaptados ao Haiti, segundo especialistas.
Com índices de violência e desemprego elevados, o Haiti sofre com as ações de grupos organizados, denominados gangues urbanas. Uma das tarefas da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), formada por militares brasileiros e de várias nacionalidades, foi atenuar o poder desses grupos. A missão, porém, que tem caráter temporário, deverá ser retirada do país.
Antes de seguir viagem para o Haiti, Dilma irá no próximo dia 31 para Cuba. A visita a Havana ocorre no momento em que o presidente cubano, Raúl Castro, incentiva a abertura da economia por meio de medidas para o estímulo ao incremento no campo e nas cidades. Sob embargo econômico desde 1962, os cubanos sofrem com uma série de limitações e vivem com restrições de energia, água e alguns tipos de alimentos.
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