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 | Roberto Stuckert Filho/Presidência da República/
| Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República/

A presidente afastada Dilma Rousseff sinalizou que usará o termo “golpe” na carta que divulgará “aos senadores e ao povo brasileiro” nos próximos dias. Apesar de aliados preferirem um documento menos hostil e sem a palavra que foi o mote de resistência da petista desde o começo do processo de impeachment, Dilma publicou uma mensagem curta em rede social reafirmando que é vítima de um golpe.

“Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe. Continuamos lutando contra o golpe e pela democracia”, escreveu a petista, que tornou-se ré no processo de impeachment nesta quarta-feira, no Twitter nesta quinta-feira. Havia expectativa de que a carta fosse divulgada ainda nesta quinta.

Um dos pontos de discordância do documento é o uso do termo “golpe”. Mesmo antes do afastamento, Dilma já fazia cerimônias no Palácio do Planalto com a máxima de resistência “Não vai ter golpe”. O termo era frequente em suas falas públicas. O discurso era repetido também por ministros e parlamentares. A mensagem de Dilma na rede social é uma sinalização de que ela não pretende recuar nessa questão.

O presidente do PT, Rui Falcão, já havia afirmado que uma proposta de plebiscito para novas eleições era “inviável”, enquanto o ex-presidente Lula julgou que a carta de Dilma não era “tão essencial”.

Seguindo na linha de que há um golpe, deputados do PT recorreram à Comissão de Diretos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) contra o processo de impeachment nesta quarta-feira.

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