Na lista estimulada com a presença de quatro candidatos presidenciais, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, subiu 6,1 pontos percentuais em apenas dois meses, aproximando-se de seu principal adversário, o tucano José Serra.

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Levando em conta esse cenário, Serra oscila positivamente para 33,2 por cento (ante 31,8 por cento em novembro). Dilma chega a 27,8 por cento, ante 21,7 por cento na sondagem anterior. A senadora Marina Silva (PV-AC) oscila entre 5,9 por cento para 6,8 por cento.

Inicialmente, esse crescimento deve-se, segundo a pesquisa, a uma migração de votos do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) para a pré-candidata do governo. Ele caiu de 17,5 por cento em novembro para 11,9 por cento em janeiro.

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"A candidatura de Dilma está se consolidando junto ao eleitorado", disse Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus, que realiza a pesquisa por encomenda da Confederação Nacional do Transporte (CNT).

"Talvez o leitor já esteja direcionando seu voto mais pragmaticamente, talvez ele já esteja acreditando numa eleição polarizada", avaliou Guedes.

Em uma segunda lista, sem Ciro no páreo, Dilma também apresenta considerável subida (salta de 23,5 por cento para 28,5 por cento). Serra permanece estável (passa de 40,5 por cento para 40,7 por cento), mas em alto patamar.

Guedes não soube explicar essa diferença de forma estatística, apenas disse que os votos de Ciro se dividem entre os dois principais nomes da disputa.

Pela primeira vez, Dilma aparece na frente de Serra na lista espontânea --aquela em que não é apresentada lista ao entrevistado. Mas, estatisticamente, há um empate técnico entre os dois. Dilma Rousseff foi lembrada por 9,5 por cento dos entrevistados, enquanto Serra foi por 9,3 por cento. Lula, apesar de não ser candidato, fica à frente com o dobro, 18,7 por cento.

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Rejeição a Dilma cai

A nove meses das eleições, a chefe da Casa Civil reduziu seu patamar de rejeição, emparelhando-se a seu virtual adversário. Em janeiro, 28,4 por cento dos entrevistados disseram que não votariam nela, contra 29,7 que afirmaram o mesmo em relação a Serra. Ciro e Marina têm rejeição pouco acima dos 30 por cento. Apenas 9,4 por cento disseram não conhecê-la, e 4,1 por cento afirmaram o mesmo sobre Serra.

Na sondagem anterior, Dilma possuía rejeição de 34,4 por cento, enquanto José Serra, de 27,7 por cento.

Serra venceria as eleições no segundo turno. Em relação a Dilma, porém, levaria a maioria dos votos por uma pequena margem. São 44 por cento para o tucano e 37,1 por cento para ela.

A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 25 a 29 de janeiro com 2.000 entrevistados em 136 municípios. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

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