A presidente Dilma Rousseff mandou ontem um recado aos líderes dos partidos aliados de que deseja encerrar a onda de denúncias de escândalos em seu governo. A mensagem foi transmitida pelo líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), aos líderes da base em almoço realizado ontem. À noite, a presidente jantou com senadores e deputados peemedebistas para "acalmar" o partido, atingido por denúncias nos ministérios da Agricultura e do Turismo.
Mas, apesar dos esforços, o Planalto continuou ontem colhendo más notícias no Congresso: a possibilidade da instalação da CPI Mista da Corrupção, na Câmara e no Senado, está avançando inclusive com o apoio do PR, partido que integrava a base até a semana passada. Ontem, a investigação já contava com a assinatura de 119 deputados e 20 senadores. Para sair do papel, 171 deputados e 27 senadores precisam dar apoio à CPI.
O maior golpe no Planalto foi a assinatura na CPI do líder do PR na Câmara, deputado Lincoln Portela (MG), que na semana passada recebeu o convite do governo para voltar à base. Ele firmou o documento ontem. No PR, outros 14 deputados já assinaram, incluindo Tiririca (SP). Portela ressaltou, no entanto, que o apoio à CPI é pessoal e não uma orientação para a bancada. "Tenho que assinar a CPI porque defendo uma investigação profunda. Eu seria incoerente em não assinar. Quero uma investigação limpa", afirmou.
Já no PMDB, mesmo com o jantar oferecido por Dilma, o descontentamento com o Planalto continua. "O jantar virou um encontro social. Mas não há nada resolvido; continua a insatisfação", disse um deputado peemedebista.
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