Além das movimentações para barrar o processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff vai procurar manter uma agenda cheia de compromissos oficiais nesta semana, incluindo dois dias longe de Brasília.
Ela convocou para esta terça-feira (8) reunião uma reunião com os 27 governadores para tratar do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia lançado sábado (5), no Recife. O surto de bebês com a má-formação está ligado ao zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que atinge 16 estados.
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Paralelamente, governadores aliados vão discutir como demonstrar apoio à presidente. A manifestação está sendo costurada pelo governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, que tem demonstrado ser um dos nomes do PMDB mais fiéis a ela.
A presidente também agendou uma viagem a Boa Vista (RR) na quarta-feira (9), onde vai inaugurar unidades do Minha Casa Minha Vida. O programa tem sido uma das únicas agendas positivas do governo em meio à crise política e econômica.
Na quinta (10), Dilma viaja a Buenos Aires para participar da posse do presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri. Os dois estiveram juntos na última sexta-feira (4), dois dias após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitar o pedido de impeachment. Na ocasião, auxiliares do Planalto afirmaram que o encontro foi mantido para dar ares de “normalidade à agenda política e mostrar que o governo não estava paralizado.
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Neste domingo (6), Dilma se reuniu com ministros do núcleo duro do governo. A preocupação imediata é garantir maioria na comissão especial que vai analisar o processo de impeachment. Os líderes dos partidos têm até as 18h de hoje para indicar os nomes dos 65 integrantes que farão parte do colegiado.
Os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Jaques Wagner (Casa Civil) foram escalados para manter contato com os deputados da base aliada no fim de semana e garantir que os nomes indicados sejam contra o afastamento de Dilma.
A principal preocupação é com o PMDB. O líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), deve indicar deputados com perfis “moderados”, sem ligação com Cunha. Para garantir a fidelidade do principal partido da base aliada, a presidente estuda entregar a Secretaria da Aviação Civil a um deputado do PMDB. O atual ministro, Eliseu Padilha, deve oficializar ainda nesta segunda (7) sua saída.
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