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A ex-senadora Marina Silva (PV) avaliou nesta segunda-feira que a nova ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, tem um perfil mais gerencial e, por esse motivo, a presidente Dilma Rousseff terá de ter muita "sabedoria" na administração das questões políticas em seu governo. Na avaliação de Marina, essa característica pode gerar dificuldades, uma vez que o que não falta ao PMDB são lideranças com perfis políticos.

"Eu diria que isso é sim uma dificuldade, até porque, se no caso do PT, pelo menos agora, a gente tem um aparente déficit político, no PMDB isso é o que não falta", disse, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que será exibido na noite de hoje. "A presidente vai ter de ter muita sabedoria para poder manejar", acrescentou.

A ex-senadora lembrou ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha um perfil político e, em seu governo, teve como ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, uma pessoa forte dentro do PT. "Agora, a presidente tem um perfil muito mais gerencial. Não tem, digamos assim, o mesmo envolvimento na política que tinha o ex-presidente", afirmou. "E a ministra-chefe da Casa Civil agora também não tem esse perfil político. Tem um perfil mais gerencial".

Ela observou que a nova titular da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, tem um temperamento forte. "Dito em verso e prosa, eu diria que o temperamento dela não é tanto negociável", afirmou Marina, que disse esperar que a ministra tenha uma "reserva escondida" de capacidade de negociação. "Eu espero que ela possa desconstruir toda essa visão que estão tendo de que ela não vai negociar. De fato, ela tem temperamento forte".

Marina disse ainda que os fatos noticiados sobre a evolução patrimonial do ex-ministro Antonio Palocci foram fortes e houve demora nos esclarecimentos. "O melhor caminho é sempre separar o público do privado", disse.

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