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 | Evaristo Sá/AFP
| Foto: Evaristo Sá/AFP

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) fez sua defesa no processo de impeachment na manhã desta segunda-feira (29). No Senado, ela atacou o presidente interino Michel Temer e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, e classificou o processo como “golpe de estado”.

Dilma também negou que tenha cometido crime de responsabilidade e lembrou sua trajetória durante a Ditadura Militar, quando foi torturada. Na sequência, ela foi interpelada por dez senadores antes de Ricardo Lewandowski interromper a sessão para almoço, às 13 horas.

Gazeta do Povo
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Encerramos a cobertura da defesa da presidente afastada no Senado. Boa noite.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Encerro por aqui. Obrigada pela companhia ao longo do dia!
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Janaína Paschoal tira foto da galeria com os apoiadores do impeachment. O plenário permaneceu cheio ao longo do dia até o fim da sessão.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Aliados da presidente Dilma gritam "olê, olê, olê, olá, Dilma, Dilma", logo após as considerações finais da petista. Em seguida, uma vaia surgiu das galerias reservadas aos convidados dos autores do impeachment.
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Presidente do Supremo termina a sessão desta segunda e convoca a de terça-feira para começar às 10 horas.
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Aplausos são ouvidos ao fim da fala de Dilma. Lewandowski pede que não haja manifestações.
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"Peço aos senhores senadores, às senhoras senadoras, que tenham consciência na hora de avaliar esse processo", conclui a presidente.
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"Já temos maturidade para não inventar crimes de responsabilidade onde não existem e transformar execução orçamentária em palco de disputa", disse Dilma.
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Dilma: acho que nós já temos maturidade suficiente para superar esse processo.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Aliados da presidente Dilma gritam "olê, olê, olê, olá, Dilma, Dilma".
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Dos 48 senadores que se manifestaram hoje (29), 28 devem votar contra a presidente Dilma e a favor do impeachment.
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Advogado de Dilma diz que não tem perguntas e presidente afastada passa a considerações finais.
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Dilma apresenta estatísticas sobre o agravamento da crise no Brasil.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Na sessão desta segunda-feira (29), quarto dia de julgamento, 48 senadores fizeram perguntas à presidente Dilma. Amanhã (30), 58 senadores já se inscreveram para discursar. As inscrições ainda não fecharam. Cada um terá 10 minutos para falar.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Longe dos microfones, aliados da presidente Dilma reagem à primeira pergunta da advogada Janaína Pachoal, que seria distante dos dois objetos do impeachment.
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Dilma também é questionada sobre os efeitos da crise no Brasil e em outros país da América do Sul.
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Janaína Pascoal: por que os cortes feitos em 2015 não foram feitos em 2014, ano eleitoral?
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Dilma: o que se fazia era substituir um pagamento A por um pagamento B.
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Dilma: decreto de crédito suplementar só muda meta se há mudança no decreto de contingenciamento.
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Reale Jr. questiona Dilma se ela se reunia com servidores do Tesouro e se houve mudanças na meta fiscal.
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Senadores terminam argumentações. Miguel Reale Jr e Janaína Pascoal – autores do processo de impeachment - agora estão com a palavra.
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Rocha: Democratas, velhos companheiros do PMDB, do PSDB não vamos romper com essa democracia.
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Senador petista faz uma fala exaltando os programas sociais do governo. Ele se refere ao processo de impeachment como conspiração.
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O último senador inscrito é Paulo Rocha (PT-BA).
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Dilma diz que em nenhuma circunstância se pode desrespeitar a Constituição e afirma que os decretos de crédito só foram questionados a partir de outubro de 2015. Ela repete que não há dolo.
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Muniz pergunta se Dilma orientou alguém a adiar o pagamento aos bancos públicos.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O último a falar deve ser o senador Paulo Rocha (PT-PA), o próximo da fila. Depois da fala dos senadores, defesa e acusação também têm 5 minutos cada para fazer perguntas. Em seguida, Lewandowski deverá suspender a sessão.
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Senador Roberto Muniz (PP-BA) diz que a prática de três presidentes (Executivo, Legislativo e Judiciário) estarem no Congresso para debater os problemas do país deve ser uma prática que precisa ser incluída na reforma política.
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Dilma: o impeachment não é golpe. O impeachment sem crime de responsabilidade é golpe.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, segue firme no Senado, acompanhando a sessão nas galerias. Recentemente, Falcão rejeitou a ideia de plebiscito proposta pela presidente Dilma, para que a população fosse consultada sobre a antecipação das eleições gerais.
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Dilma volta a falar que não cometeu crime de responsabilidade e diz que se trata de ruptura institucional.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Como a sessão é longa - começou por volta das 9h30 -, é comum o entra e sai de senadores do plenário. Na estimativa dos políticos, a sessão desta segunda-feira (29) deve terminar pouco antes da meia-noite.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Apesar do painel eletrônico do plenário registrar a presença de 81 senadores, alguns já não estão por aqui, como os paranaenses Roberto Requião (PMDB) e Alvaro Dias (PV).
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
A declaração de quinta-feira (25) da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), sobre a falta de "moral" da Casa para julgar a presidente Dilma, ainda repercute. Foi lembrada agora há pouco, pelo senador Sérgio Petecão.
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Zezé Perrella (PTB-MG) faz questionamento para Dilma sobre plebiscito para antecipar as eleições: como não o considerar golpe também e em que artigo da Constituição está previsto?
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Dilma afirma que não responderá ao senador sobre a questão, pois não foi ela quem fez as afirmações sobre os parlamentares.
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Petecão pergunta para Dilma se ela concorda que os senadores não têm moral para julgá-la, como disseram alguns aliados da petista.
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Petecão: a tese das pedaladas faz total sentido.
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Senador Sérgio Petecão (PSD-AC) agora está com a palavra e diz que solidariza com a condição de ré de Dilma. “Este tema é doloroso para todos nós”. Petecão diz, porém, que todas as chances de defesa foram dadas para a presidente afastada.
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Dilma: o mundo mudou e os golpes na América Latina não são mais militares. É preciso haver um ar de legitimidade.
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Dilma: concluído esse processo, e não provada minha responsabilidade, estaremos vivendo um golpe parlamentar, sim.
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Dilma: Congresso não tem atribuição para julgar presidente se não houver crime de responsabilidade.
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Dilma responde que o julgamento não é sobre o que o senador acredita politicamente. Presidente afastada diz que o processo é sobre atos de 2015 e não responderá sobre 2014. Petista reafirma que o processo de impeachment é golpe.
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Senador por SC pergunta se Dilma considera que o processo é atentado contra a democracia.
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Beber diz que pedaladas já tinham sido cometidas no primeiro mandato e que o Brasil que Dilma apresentou na campanha de 2014 foi irreal.
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Senador Dalirio Beber (PSDB-SC): está provada a tese de crime de responsabilidade. Essa decisão não será por maioria simples, mas sim por maioria qualificada, de acordo com a Constituição.
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Moka: processo de impeachment foi conduzido com responsabilidade. Senador não fez pergunta e Dilma não fez comentários.
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Senador Waldemir Moka (PMDB-RS) diz que senadores têm direito de ouvir a presidente afastada e que Dilma tem direito de se defender. Moka afirma também que respeita a opinião de todos os parlamentares e que, no final, vai prevalecer a vontade do Senado Federal.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Mais um senador questiona a presidente Dilma sobre como será o governo da petista caso ela retorne ao mandato. Com um cenário pró-impeachment sólido, ela e o PT não se concentraram em construir uma agenda para o "day after". A presidente Dilma fala apenas em pacto suprapartidário e plebiscito. O PT não se engajou em nenhuma das duas possibilidades.
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Em resposta ao senador Capiberibe, Dilma afirma que o Brasil vai necessitar de um governo suprapartidário em que vários partidos compartilhem a gestão.
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Capiberibe: quando a senhora voltar, seria possível uma composição suprapartidária?
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Senador João Capiberibe (PSB-AP) diz que processo de impeachment é “tentar apagar fogo com gasolina e que se trata de “perda de tempo”.
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Oposição acusa Cardozo, advogado de Dilma, de instruí-la durante respostas. Lewandowski diz que está atento e que respostas da presidente afastada são espontâneas.
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Em resposta a Cristóvam Buarque (PPS-DF), Dilma afirma ainda que escolheu Michel Temer para vice por ele representar antes o centro democrático do PMDB
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Em resposta a Cristóvam Buarque (PPS-DF), Dilma afirma ainda que escolheu Michel Temer para vice por representar antes o centro democrático do PMDB
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“Temer é coadjuvante, o líder é Cunha”, diz Dilma sobre ala do PMDB que apoia processo de impeachment.
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"Tenho uma pergunta. Quais foram as qualidade do senhor Temer para a senhora escolhê-lo como vice-presidente? E o que ele teve de tão bom para escolhê-lo novamente?", questiona.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Apesar de demonstrar que ainda vai votar a favor da presidente Dilma, Telmário Mota não fez pergunta fácil a ela: "Afinal de contas, com quem vai governar se retornar ao cargo?".
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O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) começa a falar.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Depois da fala de Telmário Mota, confirmando que o pedetista permanece ao lado da presidente Dilma, ele é cumprimentado de forma efusiva no plenário pelos aliados.
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"Deus me livre do que o senhor chamou de PMDB do mal. Respeito vários integrantes do PMDB, que ao longo da história representou o centro democrático do país. Não podemos esquecer do PMDB de Ulisses Guimarães", afirma Dilma.
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"Voltando, vai governar com o PMDB de Eduardo Cunha e Romero Jucá? Ou vai governar com PMDB de Renan e dos demais aqui, o PMDB do bem? Queria que Vossa Excelência dissesse como vai voltar?", encerra Telmário.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Outro paranaense da Casa vizinha acompanha agora a sessão no Senado. O deputado federal Zeca Dirceu (PT) circula pelo plenário cumprimentando correligionários. Os deputados federais pelo Paraná Rubens Bueno (PPS), Ênio Verri (PT) e Sergio Souza (PMDB) também foram vistos no plenário do Senado hoje (29).
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Mota critica os parlamentares que foram governo, saíram e agora "sumiram". "Se a Dilma voltar, como vai governar?", questiona o senador.
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Telmário Mota (PDT-RR), o "sumido", tem a palavra.
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"É uma honra o que o senador José Pimentel falou. Presidente Ricardo Lewandowski, aproveito que ele fez elogios, e não uma pergunta, e devolvo a palavra", diz Dilma.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O deputado federal pelo Paraná Sergio Souza (PMDB) passou rápido pelo plenário do Senado, onde já atuou ao assumir a cadeira da então ministra-chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT). Apesar da conexão com os petistas, Sergio Souza votou a favor do impeachment na Câmara dos Deputados e tem se aproximado cada vez mais do grupo de Michel Temer.
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"Esta presidente pode ter qualquer defeito, menos na condução da coisa pública", conclui. "O Senado, se não derrubar essa denúncia, estará cometendo uma grande injustiça."
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"Me estranha dizer que os três decretos de recursos extraordinários são ilegais. Se analisarmos, todos eles têm mais de 20 órgãos que deram pareceres e só após isso ele é assinado", defende o senador petista.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O senador Telmário Mota entra no plenário e se esquiva da imprensa: "Vou formular a minha pergunta a ela e fazer meu juízo", disse o pedetista, enigmático.
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O senador José Pimentel (PT-CE) começa a questionar Dilma.
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"Nós não tínhamos (em 2014) dívida dependente de flutuação cambial. [...] A robustez da economia brasileira nem o ministério da Fazenda do governo interino coloca em questão", responde a presidente afastada.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O advogado da presidente Dilma, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, permanece ao lado da petista desde o início da sessão, a auxiliando com informações. Ao longo dos quatro dias de julgamento, Cardozo tem sido elogiado até pelos opositores. Brincam que Cardozo é o advogado que "todos queriam ter", tamanho o empenho do petista no caso.
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Ribeiro fala sobre a campanha eleitoral de 2014 e declarações otimistas de Dilma Rousseff daquele ano. "Na campanha, a senhora não sabia da grave situação do país?", questiona.
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Lula na pergunta

"Vossa Excelência concorda com o dito pelo ex-presidente Lula em 13 de abril de 2015, em São Bernardo do Campo: 'Dilma pedalou para honrar pagamentos de programas sociais'?", questiona o senador tucano.
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O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) tem a palavra.
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Ricardo Lewandowski afirma que a sessão deve durar cerca de 2h. Mais dez senadores vão se manifestar.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
A pergunta aqui nos bastidores é: onde está o senador Telmário Mota (PDT-RR)? Aliado de Dilma, ele andou se desentendendo com petistas, em função de negociações eleitorais locais. Há quem diga que ele pode votar contra a presidente Dilma.
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"Diante da recusa de três deputados do PT de votarem a favor de sua absolvição no Conselho de Ética, ele (Cunha) ameaçou o governo e disse que acataria o pedido de impeachment. Nós sabemos que ele orientou esse pedido de impeachment", afirma Dilma. "Ele encontrou na oposição inconformada com a derrota uma grande aliada".
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"Basta olhar as páginas dos jornais e lá verão. O então presidente da Câmara dizia que a responsabilidade pela descoberta das suas contas era da perseguição implacável do meu governo e do então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo", diz Dilma.
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O senador questiona Dilma sobre as condições da "chantagem" que teria sido ofertada por Cunha a ela.
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Rodrigues afirma que reconhece as impropriedades do processo. "A mais gritante diz respeito à emissão do parecer prévio do TCU", pondera. "Eu sei as reais razões desse processo. A razão se chama Eduardo Cunha", afirma.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Cerca de 50 senadores já se inscreveram para falar na sessão de amanhã (30), prevista para começar às 9 horas. Cada parlamentar deve ter 10 minutos para se manifestar.
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Randolfe Rodrigues (Rede-AP) assume a tribuna.
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"Mudaram a regra no segundo tempo do jogo. Querem que a gente volte atrás no primeiro tempo desse jogo e em todos os outros tempos de todos os jogos. Esse não é um processo simples", afirma a presidente afastada.
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Em andamento

Pelo menos 15 inscritos ainda vão se manifestar na sessão de hoje.
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"Ao longo desse processo, ninguém, nem o TCU nem ninguém do Congresso, questionou se o processo seria esse. Se houvesse questionamento durante a edição de crédito, ele seria interrompido", afirma.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Amanhã (30), a sessão de julgamento segue para o debate dos senadores e seus discursos finais. Na estimativa dos parlamentares, a votação que encerra os trabalhos deve ocorrer na madrugada de quarta-feira (31). A votação será aberta, ou seja, a posição de cada parlamentar será pública e registrada no painel eletrônico do plenário.
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Dilma volta a citar instituições que defenderam a edição de créditos ao longo do processo, e também quatro especialistas que se posicionaram a seu favor. "Essa operação é no mínimo controversa", explica.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Pela primeira vez desde quinta-feira (25), quando começou o julgamento, o painel eletrônico do plenário registra a presença de todos os 81 senadores.
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"O crescimento do volume dos débitos junto aos bancos públicos é apenas a ponta do iceberg", afirma, expondo números da crise econômica. "Por que Vossa Excelência não antecipou medidas para conter esses decretos?"
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"Nós estamos aqui há horas conversando sobre legalidade e ilegalidade de decretos e pedaladas", começa. "O remédio usado (a pedalada) era o melhor e legal?", questiona o senador.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O ambiente do plenário é tranquilo, completamente diferente da tensão que marcou os dois primeiros dias de julgamento.
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José Agripino (DEM-RN) começa a expor suas dúvidas.
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Cobrança

O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, pede silêncio na Casa para Dilma não ter que aumentar a voz.
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O senador volta a interpelar Dilma e refaz a pergunta sobre a assinatura. A presidente afastada explica o processo burocrático do Executivo e afirma que todos os decretos chegaram a ela com pareceres indicando que eles estavam dentro da lei.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O ex-presidente Lula e o cantor, compositor e escritor Chico Buarque acompanharam a sessão até o meio da tarde. Mas ex-ministros da Dilma e outros convidados da petista ainda seguem no julgamento.
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"O que tem que olhar é na execução da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não houve, por conta dos decretos, nenhum aumento. [...] Essa lei criou no país um mecanismo muito eficaz do controle dos gastos".
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"Nos três decretos, não houve gasto maior. Isso tá comprovado pela perícia do próprio Senado", diz a presidente afastada.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Ex-ministros de Dilma, que antes ocupavam cadeiras das galerias, agora circulam no plenário, entre os senadores.
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Dilma afirma que os decretos de crédito tiveram como destino ações do Ministério da Educação e do Ministério da Justiça.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Para impedir o impeachment, a presidente Dilma precisa do apoio de pelo menos 28 senadores. Levando em conta os placares das votações realizadas em outras etapas do processo do impeachment, ela teria 22. Petistas aqui no plenário garantem, contudo, que seis votos estão em negociação. "É a virada acontecendo", disse um petista mais entusiasmado.
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Dilma diz que ninguém pode descumprir a Constituição de um país, muito menos um presidente. E volta a citar a exposição da edição de decretos "desde que as alterações sejam compatíveis com a meta de superávit primário. [...] A lei autoriza a abertura de certos créditos suplementares".
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O senador faz uma exposição técnica e cobra da presidente afastada a resposta a essas pedaladas sem autorização. "Vossa excelência, ao assinar os decretos, sabia o que estava fazendo? Ou assinou sem saber? E o segundo questionamento. Pode um presidente da República desrespeitar a Constituição? E, se pode, como exigir que um cidadão cumpra a lei?".
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Reguffe completa afirmando que o descumprimento da legislação vigente no país não pode ser tratado como "coisa menor".
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O senador afirma que o voto nas urnas não é uma carta em branco, cita a Lei de Responsabilidade Fiscal e os artigos da Constituição que vedam as pedaladas sem autorização do Congresso e diz que a palavra "prévia" significa anterior.
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O senador Reguffe (sem partido-DF) está com a palavra.
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"O pré-sal tem que ir para o fundo social. É a forma para melhorar a educação nesse país. Nós somos um país de jovens, precisamos usar esse dinheiro na educação", completa.
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Dilma usa espaço grande da resposta para defender a Petrobras, a atuação da estatal e a exploração do pré-sal. "Nós salvamos a empresa", afirma.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Na volta dos trabalhos após o intervalo de uma hora, a maioria dos discursos foi pró-Dilma. Dos sete senadores que fizeram perguntas a ela, apenas um, Tasso Jereissati (PSDB), é voto certo no impeachment.
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Cansada

Dilma afirma que está "perdendo a voz" ao falar sobre a Petrobras e o pré-sal.
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A presidente afastada também diz que se a saúde da população do país não couber no orçamento, significa que não terá política de saúde no Brasil.
Gazeta do Povo
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"Que uso você acha que o governo interino pretende dar aos recursos do país?", questiona. Dilma diz que não pode prever, mas afirma que o governo de Michel Temer pode interromper o Pronatec e acabar com faixas do Minha Casa Minha Vida.
Gazeta do Povo
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"O que está em jogo é a construção de um país mais justo, mais solidário para todos. Temo pelas conquistas dos brasileiros, das mulheres", completa. "Temo pelas conquistas da saúde. Pelas conquistas da educação. [... Temo em especial pelas famílias de baixa renda, que se beneficiaram do maior programa que esse país já teve".
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Petistas estão entusiasmados. Circula nos bastidores que eles teriam avançado em negociações com senadores indecisos.
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça

Apoio boliviano

O presidente boliviano utilizou o Twitter para demonstrar seu apoio a Dilma. "O único juiz que pode punir sua conduta política é o seu povo, os outros fazem um papel vergonhoso de império", escreveu Evo Morales.
Gazeta do Povo
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"Fatos são pretextos"

"Assistimos a uma trama entre os derrotados de 2014 e parlamentares envolvidos em corrupção, que buscam formas de escapar de investigações", afirma a senadora.
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Angela Portela (PT-RR) é mais uma a defender Dilma Rousseff. Ela está com a palavra.
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"Eu diminuí as taxas de juros, decorrente da melhoria no ambiente econômico. Essa redução foi feita de forma gradual e obtivemos a menor taxa de juros da história desse país. Não é possível achar que o aumento dos cortes, o aumento do superávit, ou uma meta abusiva contribuam para o país sair da crise", finaliza.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O discurso do senador Hélio José (PMDB-DF) surpreendeu senadores. Até aqui, o peemedebista se colocava a favor do impeachment. O discurso dele, contudo, soou pró-Dilma.
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Dilma reforça suas plataformas na área trabalhista e diz que o Brasil tem um grande desafio pela frente. "Como fazer para recuperar as condições? O Brasil tem que voltar a investir. E para isso é fundamental que a inflação se reduza. É extremamente perigosa a política de valorização do real", defende.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Aliados da presidente Dilma aparentam ter ganho um fôlego para ir atrás de votos. Embora a oposição fale que já tem mais de 60 votos contra a petista, tem apoiador da presidente Dilma que garante "que ainda está trabalhando" no plenário.
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"Acho inadmissível propor uma jornada de 60 horas. A questão da reforma da Previdência só deve ser feita a partir de discussão em um fórum em que trabalhadores, empresário, parlamentares e governo se reúnam e façam uma proposta", continua Dilma.
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça

Temer e Cunha

Citados no discurso de Dilma no Senado, o presidente interino Michel Temer (PMDB) e o deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) divulgaram notas para rebater as acusações. Confira.
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"Acredito que a CLT não é ultrapassada. É impressionante como essa legislação, que construiu o direito a uma jornada de trabalho adequada, [...] beneficiou o país", diz a presidente afastada.
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"Meu compromisso continua sendo o desenvolvimento econômico com a inclusão social. [...] Acredito que sempre é possível melhorar toda a legislação, mas não acho adequado a adoção do negociado sobre o legislado", afirma Dilma Rousseff.
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No entanto, o senador questiona a presidente afastada a respeito dos direitos dos trabalhadores e dos programas sociais. A depender da resposta, diz ele, seu julgamento mudará.
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José fala da história da Dilma Rousseff, da fundação do PT e da CUT. "Posicionei-me pelo prosseguimento do processo legal, pelo respeito à Câmara dos Deputados. E também pela opinião de Brasília e do Brasil. [...] Naquele momento, todavia, não tinha opinião formada. Comecei a construir o entendimento aqui no plenário e na comissão", afirma.
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Hélio José (PMDB-DF) tem a palavra.
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Mariana BalanEditora de Justiça
Não foi só Chico Buarque que foi citado na sessão. Dilma também citou o mineiro Guimarães Rosa.
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"Eu apoio a convocação de um plebiscito. A recomposição do pacto político passa pelas eleições diretas. Só o povo pode consertar os equívocos e erros ao longo dos processos", completa.
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"O que esperamos é que todos sejam leais à Constituição. É importante que a oposição seja leal à Constituição. Faz parte das democracias maduras que as regras do jogo sejam respeitadas", diz Dilma.
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"Temos que tomar uma decisão. Dependemos inclusive da oposição", afirma. Viana pede "lealdade à Constituição" por parte dos senadores da oposição.
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"Esse impeachment não é solução, é problema. Divide ainda mais o país", diz o senador.
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"Que tribunal é esse em que os juízes são os senadores? Os juízes são isentos como devem ser? Que chance há de Dilma encontrar justiça nesse tribunal?", questiona. "Uma parte importante dos senadores, dos juízes, é beneficiária do resultado final."
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4º do PT

O senador Jorge Viana (PT-AC) assume a palavra. Ele é o quarto senador do partido nessa sequência.
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça

Um obrigada às mulheres

Dilma agradeceu o apoio que tem recebido das mulheres brasileiras. Para a presidente, a sensação é de "solidariedade".
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"Ter voto não é ter salvo-conduto. Um presidente é eleito e ele pode sofrer impeachment. Mas para isso precisa de um crime de responsabilidade. [...] Tomar o poder de outra forma é estelionato eleitoral. Não ter votos", reafirma Dilma, voltando a invocar a tese do golpe.
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"O Brasil quer ouvir da senhora que o seu compromisso é com o voto popular", argumenta Costa.
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O senador também diz que é entusiasta da proposta de convocação de um plebiscito para que o povo brasileiro possa decidir se quer ou não eleições diretas antecipadas.
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"Irresponsabilidade fiscal é fazer o que esse governo está fazendo, acabando com as políticas públicas. Tirar dos mais pobres o benefício e financiar casas acima de R$ 3 milhões", afirma Costa, criticando as medidas do governo Michel Temer. "O Nordeste, sempre priorizado, hoje assiste uma negociação de dívida que privilegia os estados mais ricos do Brasil", completa.
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O senador diz que 17 governadores e mais de um presidente praticaram o que chamou de "os mesmos supostos crimes". "Somente a senhora é julgada", afirma.
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Humberto Costa (PT-PE) assume a palavra.
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"Me cobriram de flores e me protegeram. Tenho imensa gratidão às bravas mulheres brasileiras do meu país", encerra a presidente afastada.
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"Dizem que eu estaria traumatizada com o processo a ponto de tomar remédios. Eu não tomo remédios. Sou a mesma mulher que resistiu à ditadura", afirma. Em seguida, Dilma Rousseff citou Guimarães Rosa. "A vida requer da gente coragem".
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça

Balanço do Twitter

Na rede social, #PelaDemocracia é um dos assuntos do momento para os brasileiros. Já foram mais de 205 mil mensagens com a hashtag.
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Misoginia?

"Seja qual for o resultado, a gente segue em frente. Muitos queriam vê-la cabisbaixa, mas você está aí, altiva", afirma Sousa. "Você não desiste nunca", completa. "Tem sempre um componente de misoginia", responde Dilma
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Sousa fala sobre feminismo e diz que Dilma ousou por ser "mulher, de esquerda e sem marido". "A senhora não cabe no modelito conservador desse país", afirma.
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Data final: dia 31

O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), previu que a votação final do impeachment só deve ser concluída na madrugada de quarta-feira, 31 de agosto. Para o peemedebista, o depoimento da petista, que ocorre desde a manhã desta segunda-feira, deve acabar no fim da noite de hoje. As informações são do Estadão.
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Nova pergunta do PT

Regina Sousa (PT-PI) começa a questionar a presidente.
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Dilma cita conquistas do Enem, investimentos do governo Lula e do Minha Casa Minha Vida na defesa. "O que gastamos a mais é insuficiente", afirma. Ela ainda explica conquistas do Pronatec e do Ciência Sem Fronteiras.
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Dilma fala sobre educação no plenário do Senado. "O limite é de 18% de investimentos e nós ampliamos esse teto, com R$ 54 milhões a mais na educação", afirma.
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Professora, a senadora fala sobre cotas das universidades, a expansão do ensino superior público e os programas sociais, e diz que essas medidas estão em risco sob a nova administração. "Como a senhora se sente por inserir a educação no centro do projeto nacional?", encerra.
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Bezerra afirma que a presidente afastada está "do lado certo da história". "A senhora comparece ao Senado com a coragem dos inocentes", completa.
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça

Manifestação na Avenida Paulista

Imagem: Nelson Almeida/AFP
Imagem: Nelson Almeida/AFP
Em São Paulo, protesto contra o impeachment se espalha pela avenida mais conhecida da cidade. Manifestantes queimaram objetos e a PM já usa bomba de gás lacrimogênio para dispersar as pessoas.
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"Nunca imaginei que no exercício do primeiro mandato, seria obrigada a participar de um tribunal de exceção", começa a senadora.
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A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) é a próxima a falar.
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça
Dilma afirma que se esforçou para evitar uma crise maior ainda.
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"Se continuarmos nessa batida, a crise vai se aprofundar. A política do 'quanto pior, melhor'. A oposição vota agora propostas que não votava anteriormente", critica a presidente afastada.
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"Dois meses depois da minha posse, o impeachment era tratado em todas as instâncias. [...] Não estou querendo deixar de lado as responsabilidades, mas fiz do possível e do impossível para minimizar a crise. Enfrentei uma disposição a construir um impeachment, com chantagens explícitas por parte do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha", afirma Dilma.
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Dilma cita um boicote no Congresso ("não funcionou até maio") e as investigações da Lava Jato para o clima de instabilidade no país. "Se certas medidas tivessem sido tomadas no início de 2015, nós teríamos uma crise econômica menor, e teríamos saído dela mais rapidamente", diz Dilma.
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça

Quem falta?

Imagem: Roque de Sá/Agência Senado
Imagem: Roque de Sá/Agência Senado
Placar mostra quem falta - e quem já falou - se pronunciar durante a sessão.
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"Nenhuma das nossas propostas foram aprovadas pelo Congresso. Foi tudo minimizado. Todas as propostas de ajuste não foram aprovadas na integralidade. Tivemos pautas-bomba, que ao invés de nos ajudar, acentuavam a dificuldade fiscal. Junto com as pautas-bomba, há uma instabilidade política", justifica-se.
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Dilma volta a citar números e a crise econômica. "Essa crise envolveu EUA, França, Itália, Portugal e todo o euro. Enquanto isso, no Brasil, nós fizemos as políticas anticíclicas. Em 2010, quando o mundo caía de forma vertiginosa, nós crescemos. [...] Só que a crise atingiu os países emergentes. A China tinha uma trajetória de crescimento de 10% e caiu para 7%".
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"Esse é um processo que mais cedo ou mais tarde cobra as consequências e leva a algumas restrições democráticas, para impedir que os opositores protestem", reafirma Dilma Rousseff.
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Dilma volta a usar a metáfora da árvore para se defender. "Considero que o que caracteriza um golpe é que não há um machado ceifador. É um ataque às instituições, com fungos e parasitas, que podem corroer as instituições", afirma.
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"Não se tem notícia no atraso de bancos privados. Os pagamentos eram feitos religiosamente a esses bancos. Por que essa diferença de tratamento?", questiona.
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"É preciso que os brasileiros compreendam que as pedaladas e os decretos, prática que se estendeu por anos nos governos petistas, são apenas a ponta do iceberg", diz o senador.
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"O Brasil cresceu 0%. O mundo cresceu 3,4%", afirma. "Não há correlação entre a crise internacional e nossa tragédia econômica."
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Senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) reinicia a sessão.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Ex-ministro de Dilma Aloisio Mercadante conversa com Aécio Neves no plenário. Sessão deve ser retomada em instantes.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Senadores se espantam com a pontualidade de Ricardo Lewandowski: "Ele acha que está no STF", brincam.
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Pontual

Sessão reiniciada.
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça
Imagem: Moreira Mariz/Agência Senado
Imagem: Moreira Mariz/Agência Senado
Já Alvaro Dias afirmou que o impeachment veio porque os brasileiros "apelaram por mudança". Continue lendo.
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A sessão começou logo depois das 9h e não há mais intervalo previsto para hoje.
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Alerta 2

Já os senadores favoráveis ao impeachment dizem que Dilma Rousseff não tem respondido fielmente a todas as perguntas.
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça

Pronunciamento de Requião

Em sua vez de se pronunciar, Requião disse que o julgamento do impeachment “é uma ilegalidade absoluta, não há crime algum. Isso aqui é um simulacro de júri, onde interesses fisiológicos vão ser discutidos”. Leia mais.
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Falta pouco

A sessão deve ser retomada às 19h, segundo o presidente do júri, Ricardo Lewandowski. Faltam 10 minutos.
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Alerta

Dilma Rousseff tem reforçado nas respostas que os "alertas de condenação" de alguns senadores ferem o "devido processo legal". Segundo a presidente afastada, ela deveria ser ouvida sem pré-julgamento.
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça

Em tom poético

No microblog, Requião falou a respeito de seu pronunciamento na sessão de hoje.
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça

Ainda sobre Álvaro

O senador é o único dos três paranaenses da Casa que se opõe a Dilma Rousseff e quer que a presidente saia. Tanto Requião (PMDB) quanto Gleisi (PT) são contra o impeachment.
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça

Réplica

Alvaro Dias não ficou quieto. O senador do PV também usou o Twitter para se manifestar.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Já é comum no Senado observar senadores usando o próprio celular para gravar mensagens para seus eleitores, dizendo onde estão e o que está acontecendo naquele momento. Em sessões históricas como a de hoje (29), as gravações acontecem com frequência.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Cada senador deve usar obrigatoriamente até 5 minutos para apresentar uma questão à presidente Dilma. Já a petista tem levado mais ou menos o mesmo tempo para responder, embora não haja tal limite.
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça

Faltam 24

A princípio, faltam 24 senadores para se pronunciar. O número, porém, pode aumentar.
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça

Para Álvaro Dias

No Twitter, Lindbergh Farias alfinetou o senador paranaense em relação à afirmação de que o impeachment seria um reflexo da voz das ruas.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
A previsão é que a sessão siga até 23 horas. Até agora, 27 senadores fizeram perguntas à presidente Dilma. Cerca de 20 senadores ainda estão inscritos para ocuparem o microfone na volta dos trabalhos, prevista para 19 horas.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Não há clima de animosidade no plenário. Senadores aliados e oposicionistas conversam e acompanham os discursos dos "dois lados".
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Na esteira do discurso feito pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o último antes do intervalo, parlamentares aliados se abraçaram no plenário e aproveitaram para tirar fotos. Também cantaram "Dilma guerreira, da pátria brasileira!".
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Discurso completo

Leia na íntegra o discurso de Dilma no Senado. LEIA MAIS
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Senadores paranaenses

“Impeachment é decorrência de golpe a Constituição do país”, diz Alvaro Dias a Dilma. LEIA MAIS
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Na esteira do discurso feito pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o último antes do intervalo, parlamentares aliados se abraçaram no plenário e aproveitaram para tirar fotos. Também cantaram "Dilma guerreira, da pátria brasileira!".
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Chico Buarque

Cantor foi tietado por políticos e reclamou das perguntas repetidas dos senadores. LEIA MAIS
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Senadores paranaenses

“Aqui é um simulacro de júri”, diz Requião sobre impeachment. LEIA MAIS
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Oposicionistas saem do plenário com um entendimento parecido sobre a sessão: os votos não devem mudar e o julgamento servirá para "registro histórico", para "repertório para embates futuros" e "para campanhas eleitorais".
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O senador Alvaro Dias disse que 5 minutos para fazer a pergunta é "pouco". Ele explica que gostaria de perguntar sobre Eduardo Cunha, "porque ele a beneficiou ao restringir o pedido de impeachment a decretos e pedaladas fiscais". O paranaense também reclamou que a ausência da "réplica" de fato baixa a temperatura da Casa.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Aliados da presidente Dilma têm optado por fazer discursos, ao invés de colocar perguntas. Eles estão gostando do andamento da sessão, sem grandes percalços até agora. Após anunciar mais um intervalo - das 18h às 19h, senadores petistas começaram a gritar em apoio à presidente Dilma - "Dilma guerreira, do povo brasileiro!". A oposição não se manifestou.
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Senadores paranaenses

A política não veste saias, ainda é um ambiente misógino, diz Gleisi no impeachment. LEIA MAIS
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O próximo senador a fazer perguntas a Dilma Rousseff será Tasso Jereissati (PSDB-CE).
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A sessão será interrompida por 1h. Voltamos em breve com novas atualizações. Até agora, falaram 27 dos 51 inscritos.
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Mariana BalanEditora de Justiça

Crime de responsabilidade

Mais uma vez, Dilma se declara inocente, e afirma que o impeachment só não seria golpe se ela tivesse cometido crime de responsabilidade.
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"Eu não tenho contas no exterior, imóveis e não usufrui de benesses de recursos públicos", cutuca Dilma. "Como condenam uma pessoa que é inocente e adiam o julgamento de Eduardo Cunha?", finaliza.
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A presidente diz que o golpe acontece porque as urnas nunca aprovariam uma proposta neoliberal. "Queria acrescentar as condições que levam ao golpe. Mancham o impeachment com a marca da chantagem. Essa proposta tem um padrinho, que se chama Eduardo Cunha. Os outros foram coadjuvantes", afirma.
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Dilma responde

"Queria dizer que concordo com a fala do senhor. Ela é muito forte e vou fazer alguns acréscimos. O que está por trás são as gravações. A fala de que é preciso estancar a sangria. E acredito que a segunda questão tenha a ver com a crise. Em toda a crise há um conflito distributivo e isso ficou claro quando o pato apareceu no cenário das ruas", afirma a presidente.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Quem está à frente de um documentário sobre o impeachment é a cineasta Petra Costa, de "Helena" e "O Olmo e a Gaivota". Ela e sua equipe têm registrado todo o processo, desde a Câmara dos Deputados.
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"Acuso as multinacionais. Querem privatizar tudo o que foi possível. E, por fim, acuso o PSDB por não ter aceitado o resultado das urnas", prossegue Farias.
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"Acuso as elites dominantes. A burguesia brasileira que nunca teve compromisso com a democracia. Acuso a mídia", continua.
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"A senhora virou o jogo. Está desmontando o golpe. Quero acusar quem está por trás. Eduardo Cunha e Michel Temer, de liderarem uma conspiração parlamentar. A conspiração teve continuidade no Senado com os áudios vazados de Romero Jucá com Sérgio Machado", diz Farias.
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"Não se pode usar um processo como pretexto", afirma o senador. "É um tribunal de exceção".
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O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) é o próximo.
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça

Manifestações

Dilma disse que respeita o povo que saiu às ruas, mas não acredita que foram as manifestações que motivaram o impeachment.
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"A imprensa nacional divulga com ênfase a chantagem. Ora, senador, não vou me estender aqui porque já falei sobre o novo tipo de golpe. Os golpes começam na França com a substituição de governo. Eles não precisam ser militares apenas. Estamos diante do golpe enquanto não provarem os crimes de responsabilidade", afirma Dilma.
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"Tenho certeza que não se pode coibir as manifestações das ruas. Mas ele não surge das ruas. Ele surge do deputado Eduardo Cunha, que chega a instruir a acusação de como devia apresentar o novo aditivo ao processo", continua.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
A área reservada nas galerias do Senado aos 30 convidados da presidente Dilma está esvaziada. O ex-presidente Lula e o cantor Chico Buarque já não estão no local.
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Dilma começa a responder: "A questão do golpe eu já esclareci. Reitero que golpe parlamentar é amplamente debatido e analisado por vários especialistas em ciência política."
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"Que golpe estamos vivendo? Pergunto a Dilma. O impeachment do presidente Collor foi golpe?", prossegue Alvaro Dias.
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça

Alvaro Dias

Imagem: Reprodução/TV Senado
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O senador do PV é o último paranaense a se pronunciar. Gleisi (PT) e Requião (PMDB) já falaram.
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"As pessoas querem o fim do aparelhamento do estado, da usina de escândalos da corrupção. Matriz que se tornou suprapartidário. É isso que deseja o povo brasileiro", continua.
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"A realidade cedeu lugar à ficção. Inicio pela ficção do golpe. O apelo pelo impeachment nasceu nas ruas do Brasil", diz o senador.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Longe do microfone, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) cutuca a presidente Dilma: "Ela só faz uma peça de propaganda, e do governo Lula".
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Paraná

Alvaro Dias (PV-PR) é o próximo.
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"O que nós fizemos foi melhorar os programas", conclui.
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"É difícil falar que usamos programas sociais para se eleger. No caso do Fies, fomos ajustando. Jamais acabamos com o Fies. O que nós fizemos foi mudar as exigências", afirma Dilma.
Mariana Balan
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Declaração de Gleisi

Imagem: Jane de Araújo/Agência Senado
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Ainda há pouco, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que "a política não veste saias, ainda é um ambiente misógino". Leia mais.
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Influência das esposas

Uma das principais aliadas da presidente afastada Dilma Rousseff, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) afirmou que o discurso da petista na sessão de julgamento final do impeachment no Senado está ajudando a convencer senadores a votarem contra a saída da petista. Segundo a peemedebista, há "uns três" senadores cujas esposas estão mandando mensagens aos maridos pedindo que votem a favor de Dilma. As informações são da Estadão Conteúdo
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Dilma se defende: "Se há tantos crimes, por que não estão na denúncia? Onde estão esses crimes."
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Oliveira conclui criticando o aumento da dívida pública. "Não tenho pergunta a fazer por que são tantas. Presidente Temer pegou uma herança maldita".
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O senador afirma que o crime ocorreu, independentemente do número de decretos emitidos. Ele conclui perguntando a Dilma "por que o Fies foi feito para ganhar a eleição? Os programas espetaculares foram feitos para ganhar eleição."
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O plenário do Senado continua cheio, mas está menos disputado do que durante a manhã. Deputadas federais como Jandira Feghali (PCdoB) e Maria do Rosário (PT), aliadas da presidente Dilma, também ocupam cadeiras no Senado. O líder do SD na Câmara dos Deputados, Paulinho da Força, também passou por aqui. Aliado de Eduardo Cunha, Paulinho da Força atuou fortemente pelo impeachment.
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"O Diabo Mora nos Detalhes", começa o senador.
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Mais PSDB

Senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) assume o microfone.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Da bancada do Paraná, já falaram nesta sessão os senadores Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT), ambos contrários ao impeachment. O último paranaense, o senador Alvaro Dias (PV), deve falar logo após o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), que se manifesta agora. Ex-tucano, Alvaro Dias é favorável ao impeachment, embora faça ressalvas ao governo Temer. Sua nova legenda, o PV, tenta se colocar como "independente" em relação à gestão interina.
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"Não é possível ter dois pesos e duas medidas. Atribuir a três decretos e ao Plano Safra, que tem por base subsídio a agricultura, toda a crise, é desproporcional a análises econômicas sérias", conclui. "A história do rito não basta. É preciso que o rito seja seguido, mas é imprescindível que o conteúdo seja objeto de consideração".
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Dilma também retruca a culpabilização e volta a citar a desaceleração da economia, o racionamento de água e cutuca o "volume morto" de São Paulo, estado do senador.
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça

Dilma e as tabelas

Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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Durante a sessão, Dilma mostrou gráficos para se defender. A presidente disse que preferiria não apresentar tabelas, porque "sempre me acusaram de gostar de PowerPoint".
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"Além disso, não se pode inocentar Eduardo Cunha. Esse processo tem um desvio original, reconhecido inclusive pelos acusadores. Não pretendo transferir responsabilidades, mas não transfira as tuas", diz Dilma.
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"Pela primeira vez utilizamos o contrato em benefício da população", garante a presidente afastada.
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Dilma responde à tarifa de energia elétrica. "A gente tem que respeitar contrato quando beneficia o concessionário e quando beneficia o usuário. Naquele momento (2012) os contratos diminuídos estavam vencidos".
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Dilma pede que Aníbal não a condene antes da hora. "É uma falha profunda no devido processo legal, que você tenha me condenado antes de me ouvir".
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Mariana BalanEditora de Justiça

Reforma política

Dilma criticou, várias vezes durante a sessão, o sistema político vigente no país. A presidente afastada é favorável a uma reforma política.
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O senador cita números ruins da economia brasileira e a "culpabilização". "A senhora sabe que não tem a mínima condição de continuar a governar. A senhora não teve a humildade de reconhecer os sérios erros. Seja como presidente do Conselho da Petrobras ou pela devastação das contas públicas. Não resta outra alternativa senão puni-los", conclui.
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"Não estou aqui para julgar a senhora. Seria penoso para mim. Vou julgar as pedaladas, decretos e o conjunto da obra. Seu governo não existe mais. Não faremos mais do que determina a Constituição", continua Aníbal.
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Ele cita a militância em comum. "Eu torci por você como presidente do Brasil", afirma, "até a desorganização do setor elétrico".
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O próximo a falar é José Aníbal (PSDB-SP).
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Saúde e educação

Ela também cita como conquistas a democratização do acesso ao ensino superior e o Mais Médicos, que corre o risco de ser suspenso. "Como nós explicaremos para os brasileiros que isso acabou? Por preconceito contra médicos cubanos?", completa.
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Dilma volta a citar a diminuição da desigualdade entre os brasileiros como um triunfo dos governos do PT. "As nossas políticas de redução da desigualdade estão escoradas na valorização do salário mínimo, respeito às aposentadorias e Bolsa-Família", afirma.
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"O que eles não aceitam é que a senhora entrará para a história como uma das filhas mais dignas dessa nação", conclui.
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Paim cita programas sociais e fala que os senadores querem instituir o corte de direitos trabalhistas com a "Ponte para o Futuro".
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"E se todos aplicassem esse rito processual? Irão destituir todos os prefeitos e governadores?", pergunta.
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Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
A presidente Dilma aproveita espaço da resposta à Gleisi Hoffmann para reforçar um assunto que já tinha sido abordado por ela antes: a dificuldade do diálogo com o parlamento durante sua gestão, ponto considerado bastante frágil até mesmo pelos aliados. "Tenho clareza que diálogo é importante, mas não é base para impeachment", disse a petista. Antes, Dilma já havia levantado a extrema fragmentação partidária como um dos obstáculos para se melhorar a ponte entre Executivo e Legislativo.
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Ele cita Getúlio Vargas e Leonel Brizola, também do Rio Grande do Sul, e compara as perseguições políticas do país. "Tenho muito orgulho de ter acompanhado a sua história. Ela é impecável", elogia.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
A existência dos tais documentários sobre o impeachment, mencionados por Gleisi Hoffmann, tem sido um assunto recorrente no plenário durante o julgamento. Oposicionistas reclamam que o PT estaria só "atuando para as filmagens", daí o empenho no embate.
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Mais PT

O próximo senador é Paulo Paim (PT-RS). Ele já está na tribuna.
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E encerra falando do Bolsa Família, "que era chamado de Bolsa Dilma", e diz que o programa mudou a cara do país.
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Ela cita ainda o Minha Casa Minha Vida, obras de segurança hídrica no Nordeste e o fim da miséria. "Atendemos todos os estados da federação", explica.
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Dilma cita investimentos em metrôs, VLTs, no bolsa pódio e no bolsa medalha. "Não há um aeroporto nas capitais que não tenha passado por reforma, que assegurou o fim das filas e incômodos", afirma.
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Sobremesa light

CURIOSIDADE: a presidente afastada Dilma Rousseff levou para o Senado uma marmita com seus famosos minissuspiros, adoçados com stevia, para a sobremesa do almoço. A guloseima tem pouquíssimas calorias e faz parte da manutenção da dieta Ravenna, que a petista segue desde o ano passado. As informações são da Estadão Conteúdo.
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Orientação

O presidente do júri, Ricardo Lewandowski, pede para Dilma se ater aos questionamentos do seu governo.
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Gleisi pede para Dilma explicar os investimentos do seu governo e cutuca Temer. "Como os senhores justificam que os investimentos acabaram?"
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Gleisi cita a trajetória política de Dilma, os programas sociais, o PAC. Diz que os senadores lutavam por verbas da Dilma. A petista cita nominalmente alguns senadores e investimentos.
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"Fruto de uma farsa. Atentado à democracia. Vivemos um momento deprimente da história", afirma Gleisi. Ela diz que os senadores não querem ser lembrados. "Não tem tanques, mas não faltaram tortura emocional e política".
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Ela elogia a presença de Lula e Chico Buarque no Senado.
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Paraná na tribuna

Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) faz a próxima pergunta.
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"Como dialogar de forma sistemática com 14 partidos? Há um processo de fragmentação dentro dos partidos. É incompreensível para os outros países entender a nossa política", afirma. Ela diz que a governabilidade passa por repactuação dos partidos.
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"Para recompor as bases políticas, decidi aderir ao plebiscito se eu voltar. Não é possível o atual sistema político", afirma. Ela diz que não há como governar o país na atual situação.
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"Tivemos uma ruptura do pacto democrático iniciado em 1988", afirma. "Proporia um plebiscito pelas eleições diretas. O nosso povo reconhece a situação delicada. A base da governabilidade é política. Acho que as pessoas têm que participar. Não acredito num governo que não teve os votos da urna", pondera.
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Mas entendo esse processo pela governabilidade. "De que maneira a senhora quer construir a governabilidade?", conclui.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Até aqui, Acir Gurgacz tem se colocado como "indeciso" em relação ao impeachment.
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"Como todos sabem, relatei as contas de 2014. Estudamos a questão do ponto de vista técnico e jurídico. Chegamos a conclusão por unanimidade pela aprovação com ressalvas. Embora o parecer não foi votado", começa o senador.
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Mais uma pergunta

Senador Acir Gurgacz (PDT-RO) é o próximo a perguntar.
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"Diante desse fato não é possível considerar que decretos são responsáveis pela crise", encerra Dilma.
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Crise econômica

"Tenho certeza que a mim foi dado dirigir o país durante um momento de queda da atividade econômica. Isso é um fato. Há uma desaceleração", responde, sobre a crise. "Um dos ônus da globalização é de que não estamos isentos da crise".
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Dilma reforça que aumentou o compromisso do governo com a Polícia Federal e lembra do projeto que encaminhou ao Congresso com medidas anti-corrupção. "O meu governo criou o instituto da delação premiada. Mas esse fato não pode transformar alguns em investigados e outros em denunciados, mas nunca investigados".
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"A corrupção não começou no meu governo e no governo do presidente Lula", responde, sobre os casos citados por Amorim em sua pergunta. "Nós investigamos a corrupção. Não temos engavetador de processos".
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Segundo a presidente, nessas circunstâncias, não há identificar crime de responsabilidade. Dilma também afirma que não é a primeira vez que um julgamento condena inocentes.
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Quando ao Plano Safra também: "É a lei que estabelece as subvenções. Se há crime, há crime desde 2000".
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Dilma diz que já foi exaustiva nas explicações. "Os decretos estão na Constituição. Não estou contrariando norma legal".
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Ele acusa a edição de créditos suplementares. "Eu acreditei nas promessas do seu governo", afirma. O senador cita os casos de corrupção, crise econômica, aumento da inflação e desordem das finanças. E afirma que a crise é brasileira, não mundial. "A culpa disso tudo não é de Vossa Excelência?", questiona Amorim.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Amorim é o vigésimo senador a fazer perguntas à presidente Dilma. Do total de parlamentares que já se manifestaram, a maioria (15) já tem voto conhecido contra a petista.
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Nova pergunta

O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) é o próximo.
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"Eu queria dizer que nós teremos que buscar, através do entendimento, de um fórum que articule parlamentares e empresários, buscar as reformas que deverão ser feitas no país", conclui Dilma.
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Tributos

Dilma afirma que o país tem que mudar a estrutura tributária para sair da crise e cita exemplos internacionais. Os países saíram da crise como "nós pensávamos", afirma. "Com fôlego para as exportações."
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Todos os 11 senadores do PSDB estão inscritos para fazer perguntas a Dilma, segundo o Estadão.
Mariana Balan
Mariana BalanEditora de Justiça

Programas sociais

Assunto tem aparecido de forma constante na sessão, tanto nos questionamentos quanto nas respostas de Dilma.
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Quem questiona Dilma agora é o senador Armando Monteiro (PTB-PE).
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Aécio Neves

Mais cedo, durante seu pronunciamento, o senador do PSDB de Minas Gerais acusou Dilma de ter vencido as eleições de 2014, quando ele saiu derrotado, faltando com a verdade e cometendo ilegalidades. Continue lendo.
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Santos quer saber se Dilma tinha conhecimento da grave situação em que a economia brasileira se encontrava e como ela justifica uma mudança tão brusca na política econômica de seu governo.
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Cidinho Santos (PR-MT) é quem fala agora.
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Previsão

Ricardo Lewandowski acredita que a sessão se encerrará às 23h. Isso com o intervalo das 18h às 19h.
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34

É o número de inscritos que ainda se pronunciarão. Cada um tem cinco minutos para falar.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Embora parlamentares favoráveis e contrários ao impeachment tenham anunciado uma sessão "mais técnica" do que "política", as falas seguem predominantemente políticas na tarde desta segunda-feira (29).
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Dilma afirma que se um crime de responsabilidade for provado, o impeachment não será um golpe. "Mas tenho certeza de que não é essa a questão", complementa.
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Ainda sobre Eduardo Cunha

"Eu, que não sou acusada de lavagem de dinheiro, de ter contas no exterior (...) estou aqui me defendendo na fase final de um processo de impeachment. Enquanto uma pessoa que pública e notoriamente cometeu crimes está protegida", afirma a presidente afastada.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
É a segunda vez que o ex-presidente Lula é "cutucado" pela oposição. A famosa declaração do petista sobre a crise de 2008, chamada de "marolinha" por ele, foi mencionada agora pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e já tinha sido citada pelo senador José Medeiros (PSD-MT).
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Referindo-se a Eduardo Cunha

Dilma diz a Cunha Lima que não acredita que o impeachment tenha vindo das ruas de forma espontânea. "Nenhum de nós é ingênuo de não saber quem é o responsável por aceitar esse processo".
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Os atos praticados por Dilma são "indefensáveis", na visão do senador do PSDB.
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Para Cunha Lima, Dilma tem um "script" pronto e não responde objetivamente às perguntas feitas pelos senadores.
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Cássio Cunha Lima

"Golpe é vencer uma eleição mentindo, golpe é quebrar uma empresa como a Petrobras"
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A palavra agora é de Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). O senador começa sua fala afirmando que o impeachment não nasceu no Congresso Nacional, mas sim nas ruas. O político aproveita para saudar o povo brasileiro.
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Dilma, que defende a reforma política, critica o sistema partidário atual. Para a presidente, isso gerará instabilidade para os futuros governos.
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Golpe

Dilma afirma que se o impeachment for confirmado, não estaremos apenas diante de um golpe, mas de uma eleição indireta. O ato representaria um grande retrocesso para a democracia.
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Vanessa pergunta a Dilma que ganhos o Brasil terá se o Senado decidir pela volta da presidente.
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Vanessa e Chico

Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado
Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) tietou o cantor Chico Buarque mais cedo na sessão.
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Ricardo Lewandowski pede que Vanessa Grazziotin faça um questionamento objetivo à presidente afastada.
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Para Vanessa Grazziotin, o julgamento está sendo meramente político, uma vez que não haveria embasamento jurídico para o impeachment.
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Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) se pronuncia agora. No início de sua fala, a senadora cumprimentou o ex-presidente Luís Inácio Lula de Silva e afirmou que a atitude de Dilma, em responder aos questionamentos, é digna de orgulho.
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Dilma afirma que se orgulha de o país ter ostentado uma das menores taxas de desemprego durante o seu governo.
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Lúcia Vânia pergunta se Dilma tinha ciência dos passivos do Banco do Brasil junto ao Tesouro Nacional, relativos ao Plano Safra.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que nos últimos tempos se aproximou de Michel Temer, tem acompanhando atento o interrogatório, ao lado de Ricardo Lewandowski. A advogada Janaína Paschoal, uma das três autoras do pedido de impeachment, também acompanha tudo. Nos três primeiros dias de julgamento no Senado, Paschoal encabeçou o grupo de acusação. Ao final das questões apresentadas pelos senadores, a acusação também tem direito a fazer perguntas à presidente Dilma.
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Quem questiona Dilma agora é Lúcia Vânia (PSB-GO).
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A presidente afirma que a crise política que se instaurou no país nunca foi vista em outro lugar.
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Na mesma linha de sua resposta a Aécio, a presidente afastada diz a Magno Malta que "o que não era esperado era uma crise política igual a que o país enfrentou".
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Dilma afirma que os políticos não têm bola de cristal, que não podem controlar a realidade.
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Respondendo a Magno Malta

Dilma afirma que ninguém pode controlar a política do Banco Central norte-americano. "Ninguém sabia que teríamos uma das maiores valorizações do real; não na proporção da que ocorreu".
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Magno Malta pergunta a Dilma quem mentiu no processo eleitoral, a respeito da real situação do país. Foi ela? Foram os marqueteiros?
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Em sua resposta à Lídice da Mata (PSB-BA), Dilma afirmou que sofreu um duro "boicote" da Câmara dos Deputados.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Antes de confirmar sua vinda ao Senado, a presidente Dilma temia ser alvo de figuras como Magno Malta, conhecido por ser um político "folclórico", ou de Ronaldo Caiado, que tem um estilo mais agressivo.
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Magno Malta (PR-ES) diz que aliados de Dilma têm "espírito de cachorro", porque "morrerão" junto com a presidente.
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Agora a palavra é de Magno Malta (PR-ES).
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Projetos sociais

Dilma afirma que acabar com programas como o Pronatec e o ProUni apenas trará danos para a população futuramente.
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Alfinetada em Cunha

Para Dilma, a contribuição do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao seu governo foi a "mais danosa possível".
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Chico Buarque na sessão

Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Ao lado de Roberto Requião (PMDB-PR), a senadora paranaense Gleisi Hoffmann (PT) cumprimenta Chico Buarque durante a sessão.
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Lídice pergunta que consequências Dilma acha que as medidas tomadas e anunciadas pelo PMDB trarão para o povo.
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Chico Buarque

O cantor, inclusive, foi tietado por políticos durante a sessão. Confira fotos [https://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/chico-buarque-e-tietado-por-politicos-reclama-das-perguntas-repetidas-dos-senadores-4q5tvfdmdylme6oyvkietvtsd#ancora-1 aqui].
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A senadora ainda cita Chico Buarque, que está presente na sessão, a convite de Dilma. "Página infeliz da nossa história".
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Elogios

Antes de iniciar seu questionamento, a senador Lídice da Mata (PSB-BA) elogia Dilma por sua coragem e paciência.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem sido volta e meia citado pela presidente Dilma e aliados. Responsável por deflagrar o processo de impeachment, em dezembro do ano passado, Cunha é alvo de um pedido de cassação de mandato, mas até agora não foi julgado pelos pares na Casa vizinha.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
A ausência da "réplica" certamente contribui para que o clima de animosidade seja menor aqui no plenário, na comparação com os outros dias de julgamento. Depois da pergunta do parlamentar e da resposta da presidente Dilma, o próximo inscrito já é chamado, encerrando o assunto.
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Em resposta a Caiado

A presidente afastada diz que é inverídica a afirmação de que houve tratamento diverso entre bancos público e privados no pagamento das subvenções do Plano Safra.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Todo o processo de impeachment no Congresso Nacional trouxe holofotes para alguns aliados e opositores da presidente Dilma. No Senado, além de Ronaldo Caiado, José Medeiros (PSD), Ricardo Ferraço (PSDB), Simone Tebet (PMDB) e Ana Amélia (PP) se dedicaram a fundo ao processo. Do outro lado, os petistas Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias e Fátima Bezerra, além da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), foram estudiosos na análise do caso e formaram o “núcleo duro” de defesa da presidente Dilma.
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O senador Ronaldo Caiado afirmou que os bancos estatais não foram pagos mensalmente, enquanto os privados foram. O político questiona Dilma, portanto, sobre o porquê desta "preferência".
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Crise mais uma vez

Caiado também questiona a presidente afastada sobre a crise econômica. O senador pergunta a Dilma se o governo não tinha informações sobre a aproximação da crise.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Caiado é um dos mais ferrenhos críticos da gestão Dilma. Ao longo do julgamento, protagonizou embates acalorados com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
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Quem questiona Dilma agora é o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Chico Buarque voltou às galerias. A atriz Letícia Sabatella, que também foi convidada pela presidente Dilma, não está na Casa.
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Resposta a Aécio

Dilma afirma todos sabiam quais seriam os impactos da crise econômica no país. O que não estava previsto, porém, era a crise política - que, para a presidente, foi aprofundada pela mídia.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O ex-presidente Lula já voltou às galerias, onde acompanha a sessão ao lado do presidente do PT, Rui Falcão, e de ex-ministros de Dilma. O cantor Chico Buarque, que ficou ao lado do ex-presidente Lula pela manhã, não retornou às galerias após o almoço.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Sessão recomeçou às 14h13, com a pergunta do adversário Aécio Neves (PSDB-MG).
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Presidente Dilma retorna à mesa principal do Senado e a sessão deve reiniciar em instantes.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Senadores começam a retornar ao plenário, após o intervalo de uma hora de almoço. O ex-deputado federal pelo Paraná Abelardo Lupion (DEM), que está de olho no comando da Itaipu, também está aqui no plenário, ao lado de oposicionistas. Um dos empecilhos para sua nomeação na usina hidrelétrica seria justamente a sua atuação política. Pela Lei das Estatais aprovada recentemente, dirigentes não podem ter envolvimento político. Na votação do impeachment na Câmara dos Deputados, Lupion também estava presente.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O presidente do STF já está no plenário. Ele conversa com o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator do caso, e com advogados de acusação.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Na quinta-feira (25), foram ouvidas duas pessoas chamadas pela acusação: o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira e o auditor federal Antonio Carlos Carvalho. Na sexta-feira (26), foram ouvidos três nomes chamados pela defesa da presidente Dilma: o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, o advogado Geraldo Prado e o ex-secretário executivo do Ministério da Educação Luiz Cláudio Costa. No sábado (27), foram ouvidos o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa e o advogado e professor Ricardo Lodi. A ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck acabou sendo dispensada pela defesa.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Com a sessão desta segunda-feira (29), os senadores entram no quarto dia de julgamento da presidente Dilma, após um domingo de folga. Até aqui, as sessões foram reservadas para as oitivas de testemunhas e de informantes da defesa e da acusação. No total, sete pessoas foram interrogadas pelos senadores em três dias de julgamento.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Acusada até mesmo por parte dos aliados de inabilidade no diálogo com o Legislativo durante os mais de cinco anos à frente do Executivo, a presidente Dilma agora está diante de um plenário lotado de senadores. É a primeira vez, desde o acolhimento do pedido de impeachment pela Câmara dos Deputados, em dezembro do ano passado, que a presidente Dilma faz pessoalmente a sua defesa dentro do processo.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Quase 50 senadores vão fazer perguntas à presidente Dilma, levando a sessão para o período da noite.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Na volta dos trabalhos, o primeiro a falar deverá ser o senador Aécio Neves (PSDB-MG), principal adversário da presidente Dilma nas urnas de 2014.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Outra característica comum destes quatro dias de julgamento no Senado tem sido o atraso das sessões. Embora o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, chegue sempre pontualmente no plenário, a ausência da maior parte dos senadores o impede de dar início aos trabalhos. Nesta segunda-feira (29) não tem sido diferente. Marcada para as 9h, a sessão foi começar só depois das 9h30. A sessão agora, após o intervalo do almoço, também deve sofrer um atraso. Faltando cerca de 10 minutos para o retorno, previsto para as 14h, ainda não há nenhum parlamentar no plenário.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Até aliados da presidente Dilma reconhecem que a sessão desta segunda-feira (29) não deve ajudá-la a obter novos apoios entre os senadores. Apesar disso, trata-se agora de uma guerra de narrativas. A ideia é reforçar os argumentos da defesa e fazer um registro histórico do episódio.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O cantor Chico Buarque acabou sendo a "estrela" dos bastidores aqui no Senado. Pela manhã, ele acompanhou a sessão ao lado do ex-presidente Lula, nas galerias da Casa. Volta e meia aparecia algum político por lá, para tietá-lo e tirar fotos.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O discurso inicial da presidente Dilma, bastante esperado, agradou aliados, que consideraram a fala forte. Na avaliação dos petistas, acabou compensando a chamada "carta aos senadores", divulgada recentemente por ela e na qual não havia "apelo pessoal", como reservadamente alguns admitiram aos jornalistas.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Ao contrário do que se imaginava, a sessão seguiu tranquila nesta manhã. Parlamentares de oposição fizeram perguntas contundentes, mas agiram de forma respeitosa. Nos três primeiros dias de julgamento, as sessões foram marcadas por bate-boca.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Dos dez senadores que fizeram perguntas à presidente Dilma nesta manhã, apenas dois são contra o impeachment: Kátia Abreu (PMDB-TO) e Roberto Requião (PMDB-PR). O fato de ambos serem do PMDB não é por acaso. Aliados da petista remanejaram a ordem de inscritos para iniciar com parlamentares que integram o mesmo partido de Michel Temer. A oposição também adotou uma estratégia: iniciou com parlamentares mulheres e que têm atuação forte a favor do impeachment.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Durante os quatro dias de julgamento, o "intervalo" do almoço não tem funcionado para a maioria. Quando os senadores saem do plenário, são imediatamente abordados pela imprensa. No retorno dos trabalhos, não é raro ver senador reclamando que não conseguiu comer quase nada.
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Lewandowski agradece o "altíssimo nível da sessão desta manhã" e estabelece intervalo de uma hora ao interrogatório. A sessão deve voltar às 14h.
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"Pra mim não é por exaustão que não quero responder, (...) mas é por uma questão de que me foi informado que eu não podia ficar repetindo explicações, mas eu passarei a repeti-las", disse Dilma.
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Dilma volta a mencionar que apesar da proibição da abertura de créditos orçamentários colocada pela constituição, a lei orçamentária de 2015 prevê que tal ação é possível se o valor estiver de acordo com a meta fiscal do país.
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O senador do PDT diz que Dilma foi "omissa e conivente". "Não é possível que a senhora não tenha visto a quantidade e roubalheira na Petrobrás, nas estatais".
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Martins diz que em governos anteriores não houve as chamadas 'pedaladas fiscais'.
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Senador Lasier Martins (PDT-RS) inicia o discurso: "A senhora alega que já se tornou exaustivo responder aqui sobre as infrações fiscais, mas também compactuo do entendimento de que houve crime fiscal."
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Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Sessão no Senado está disputada. Líderes da Câmara dos Deputados "migraram" para cá. A área reservada à imprensa, ao lado do plenário, também está lotada. Sem cadeiras suficientes para o "dia D", dezenas de jornalistas trabalham no chão.
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Bauer propõe uma questão a Dilma: "Vossa excelência acha correto que o governo não quantifique em seu balanço e contas públicas o valor de seus débitos com as instituições financeiras, sejam quais forem?"
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Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O líder do PPS na Câmara dos Deputados, o paranaense Rubens Bueno, também acompanha a sessão no Senado, ao lado do líder do PSDB, deputado federal Antonio Imbassahy.
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Senador Paulo Bauer (PSDB-SC) inicia fala e menciona a formação de economista de Dilma Rousseff, que ele diz que ajudará a presidente afastada a compreender a pergunta que proporá.
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"Não é possível achar que o Plano Safra gerou a crise", defende-se Dilma.
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Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Dos três senadores da bancada do Paraná, Roberto Requião (PMDB) foi o primeiro a fazer perguntas à presidente Dilma, quando protestou de forma veemente contra o impeachment. Gleisi Hoffmann (PT) é a vigésima segunda inscrita para se manifestar. Alvaro Dias (PV) é o vigésimo sexto. Do total de 81 senadores, cerca de 50 se inscreveram para falar na sessão desta segunda-feira (29). Até 12h30, oito parlamentares já tinham feito perguntas.
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Medeiros pergunta a Dilma: "Vossa excelência vai continuar com as lampanas contadas na eleição de 2014?".
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Senador José Medeiros (PSD-MT) dá o início ao discurso de cinco minutos no plenário.
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Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Os petistas Wadih Damous e Paulo Teixeira se somam ao grupo de deputados federais que acompanham a sessão no plenário do Senado para apoiar a presidente Dilma.
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Daqui pra frente, se a senhora perder o seu mandato, nenhum governante haverá de abusar de suas competências e afrontar as regras essenciais que garantem a saúde financeira do Estado", disse o senador Aloysio Nunes.
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"Agenda do impeachment já vai ficando para rás, e os partidos políticos já se preparam para as eleições municipais e as que virão em 2018", pondera Ferreira.
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Outros petistas vão às galerias para tirar foto com o ex-presidente Lula e o cantor Chico Buarque.
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Dillma encerra a resposta e o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) começa seu discurso.
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"É impossível superar uma crise das proporções da que estamos enfrentando só cortando", diz Dilma.
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Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o senador Roberto Requião (PMDB-PR) foram sentar perto do ex-presidente Lula e do cantor Chico Buarque, nas galerias, onde tiram fotos.
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Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O plenário do Senado está lotado. Além dos senadores, deputados federais também acompanham aqui o interrogatório da presidente Dilma, entre eles o paranaense Ênio Verri (PT). Também já passaram por aqui os deputados federais Chico Alencar (Psol), Jandira Feghali (PCdoB), Arlindo Chinaglia (PT), Sílvio Costa (PTdoB), Henrique Fontana (PT), Paulo Pimenta (PT) e José Guimarães (PT), todos aliados próximos da presidente Dilma. Da oposição, passou pelo plenário o deputado federal Pauderney Avelino, líder do DEM.
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Dilma, em resposta a Simone Tebet: "Lembro a senhora que 2011, 12 e 13 era o Euro e vias de quebrar porque os bancos europeus estavam completamente 'bixados'. Então nós não deixamos a crise chegar, seguramos o emprego, mas agora ela nos atinge".
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"Reitero que a meta fiscal é aprovada pelo congresso, senadora, não é uma decisão unilateral do executivo. É uma interação entre o executivo e o legislativo", responde Dilma.
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"Se vossa excelência pudesse voltar no tempo, faria diferente alguma coisa com a relação a sua política fiscal? Ou continuaria a perseguir uma meta fiscal fixada unilateralmente pelo executivo?", perguntou Simone a Dilma.
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Dilma encerra a fala e a senadora Simone Tebe (PMDB-MS) incia o discurso.
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"Vocês enquadram as subvenções no Plano Safra como se fossem operações de crédito. Elas não eram, nunca foram caracterizadas assim. O que regula essas subvenções é uma lei, de 92, que autorizava que o executivo tivesse uma política agrícola", denfende-se Dilma.
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"Tem um sistema de leis que permite e regula essa questão fiscal, parametrizada por questões técnicas e jurídicas", explica a presidente afastada.
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"Nós abrimos crédito suplementar por decreto porque a LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2015 assim autorizou", responde Dilma. Segundo a presidente afastada, quem faz o controle das créditos é a Lei de Responsabilidade Fiscal.
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Lewandowski concede três segundos extras de fala a Anastasia, para que concluísse a fala.
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Sobre a edição dos créditos de decreto suplementar, Anastasia explica que "o que se discute é a simples abertura dos créditos, que fere a lei orçamentária".
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O ex-deputado federal pelo Paraná Abelardo Lupion (DEM) acompanha a sessão no plenário do Senado. Chegou logo após o discurso da presidente Dilma e, por isso, não quis opinar sobre o conteúdo da fala da petista. Questionado sobre a cadeira de diretor-presidente da Itaipu, Lupion desconversou: "Vamos ver depois do impeachment, mas estamos no páreo". Lupion e também o ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) Rodrigo Rocha Loures estão cotados para vaga.
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Após fala de Dilma, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) tem a palavra.
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"Presidente, algum senador do meu partido, no exercício do ministério do seu governo, contestou alguma vez a sua política econômica? Fez um reparo nas reuniões ministeriais? Se não, porque reparam agora? Por que cargas d'água estão pedindo o impedimento da presidente para atender as embaixadas dos outros países?", encerra Requião.
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Senador Requião se mostra contrário ao impeachment. "É uma ilegalidade absoluta, não á crime algum. Isso aqui é um simulacro de júri, onde interesses fisiológicos vão ser discutidos".
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Requião: "não estamos julgando a presidente Dilma Rousseff, que não cometeu crime algum. Estamos comparando duas propostas de governo".
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Senador Roberto Requião (PMDB-PR) inicia sua fala. Diz que "a crise que estamos vivendo não é apenas no Brasil", e propõe a adoção do parlamentarismo como forma de governo.
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"Não é a questão fiscal que produz a crise, é a crise que produz a grande dificuldade do país de enfrentar uma queda de 180 bilhões de reais", discursa Dilma.
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A presidente volta a falar, dizendo que Ferraço está acusando-a sem provas de praticar atos. "Houve integral respeito a lei", completa Dilma.
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Ferraço pergunta para Dilma: "tem algum arrependimento dos atos praticados?".
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"A mentira é algo que sempre se volta contra o próprio mentiroso", diz o senador Ferraço em seu discurso.
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"Eu defendo o meu mandato porque ele é intrínseco à democracia. Tem que provar que houve crime, se não é golpe sim", diz Dilma.
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Dilma encerra sua fala e Lewandowski passa a palavra ao senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES).
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Respondendo a senadora Ana Amélia Lemos, Dilma diz que comparece ao Senado pois ele é um espaço democrático, e que quer que "a democracia saia ilesa do processo". Inclui que não basta um procedimento correto de impeachment, mas sim um conteúdo justo. "Não basta a forma".
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Defendendo o impeachment, Ana Amélia encerra o discurso com uma pergunta: "Por que a sua excelência autorizou as dívidas aos bancos oficiais?".
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Ana Amélia diz que a presença de Dilma no Plenário "legitima o julgamento e derruba a narrativa" de que o processo de impeachment trata-se de um golpe.
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Lewandowski passa a palavra para a senadora Ana Amélia Lemos (PP/RS).
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Dilma comenta a fala de Kátia Abreu em seu tempo de resposta.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Já oposicionistas avaliaram que o discurso da presidente Dilma foi no estilo "a melhor defesa é o ataque". Para eles, falar em "golpe" é atacar o Senado.
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"Não vou fazer nenhuma pergunta, peço apenas que a senhora fale para esse Plenário e para a história sobre o ataque político que lhe tem como alvo, mas que terá como vítima a democracia brasileira", finalizou Kátia em seu discurso.
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Kátia Abreu (PMDB-TO) menciona feitos do governo Dilma na agricultura.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Aliados da presidente Dilma gostaram do discurso da petista, avaliado como "forte e histórico".
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Katia Abreu (PMDB-TO), ministra de agricultura do governo Dilma, é a primeira senadora a falar. Ela começa sua fala com muitos elogios à Dilma.
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O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) questiona Lewandowski cobre o procedimento para direito de resposta, caso algum senador seja mencionado nas falas.
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Retomada

Sessão foi retomada minutos depois.
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Sessão suspensa

Os aplausos e manifestações de quem estava no Senado motivaram a suspensão da sessão pelo presidente Ricardo Lewandowski. Lembrando que ele disse que seria muito rigoroso com as manifestações na Casa.
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"Votem contra o impeachment, votem pela democracia". Com essa frase, Dilma encerra sua participação e é muito aplaudida por quem está nas galerias.
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Ela reforçou o respeito aos seus julgadores e falou especificamente aos senadores que estão indecisos, alertando sobre o precedente grave que seria a condenação de uma pessoa sem provas. Ela se disse uma presidente honesta e que jamais cometeu atos ilegais na vida pública e privada.
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Dilma fica emocionada ao falar sobre as vezes em que enfrentou a morte: sua voz embargou ao lembrar das torturas a que foi submetida e que a fizeram duvidar da humanidade dos torturadores e também do câncer que teve, quando ainda era ministra do governo Lula.
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"Cassar em definitivo o meu mandado é como me submeter a uma pena de morte política". Ela diz que esse é o segundo julgamento a que é submetida e tem como companheira no banco dos réus a democracia. Ela lembra que seu primeiro julgamento ocorreu em um estado de exceção, e falou sobre a foto em que aparece olhando para os julgadores. "Não tenho dúvidas que também desta vez todos nós seremos julgados pela história".
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Dilma faz um discurso de gênero, falando da misoginia e lembrando do papel das mulheres em seu governo, já que foi a primeira presidente do país.
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Dilma segue argumentando sobre sua inocência em relação aos crimes de responsabilidade fiscal. Em seu twitter, a equipe de Dilma usa '#PelaDemocracia" após cada mensagem postada.
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Já era esperado que a presidente afastada usasse o discurso de golpe à democracia, falasse dos feitos do governo PT, sobretudo na área social, e também criticasse antigos aliados.
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"Estamos a um passo da concretização de um golpe de Estado", afirma Dilma antes de detalhar as acusações que foram atribuídas a ela e rebatê-las.
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A presidente diz que quem age para adiar o julgamento de uma pessoa que é acusada de enriquecer às custas da população pagará o preço posteriormente. Ela também afirma que não enriqueceu enquanto ocupava cargos públicos.
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Dilma afirma que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi o vértice da 'aliança golpista'. Ela diz que todos sabem que o processo de impeachment foi aberto por uma vingança de Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados, que exigia de Dilma uma articulação para evtar que deputados petistas votassem pela abertura de processo contra ele na Casa.
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A crítica de Dilma agora é voltada para os opositores, que ela afirma que sistematizaram uma perseguição desde a sua eleição, questionando suposta fraude eleitoral que culminou no impeachment. Ela criticou também o que disse ser uma busca obsessiva em desestabilizar o governo, com o reforço do discurso 'quanto pior, melhor'.
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Dilma perde a voz quando fala sobre o sucesso de eventos como a Copa do Mundo e Olimpíada. Ela faz uma pausa e é aplaudida por poucos. Lewandowski pede ordem e silêncio.
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Agora, Dilma faz críticas ao governo interino de Michel Temer. Ela lembra que não há mulheres ou negros no alto escalão do governo. Nessa parte de sua fala, ela também fala em golpe e diz que o que está em jogo são as conquistas dos últimos 13 anos e lembra de algumas bandeiras do governo PT, com referências ao Prouni, Pré-Sal e Minha Casa, Minha Vida.
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Dilma afirma que as provas produzidas deixam claro que ela não cometeu crime de responsabilidade fiscal. Ela trata o processo como uma 'trama' montada contra ela.
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"Não luto pelo meu mandato, vaidade ou apego ao poder. Luto pela democracia, pela verdade e pela justiça. Luto pelo povo do meu país e seu bem estar", declara a presidente afastada.
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No início do discurso, Dilma lembrou sua luta no período da Ditadura Militar. Ela falou sobre tortura e o que vivenciou no período, fazendo alusão com o que está vivendo agora.
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A presidente Dilma falou sobre o respeito que ela tem pela Constituição e pelo Estado Democrático de Direito. "Acolho essas críticas com humildade. Tenho defeitos e cometo erros".
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Trechos da fala da presidente Dilma repetem a carta que escreveu recentemente aos senadores. Ela acrescentou, contudo, um tom mais pessoal e mais emotivo, como aliados sugeriram a ela.
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Dilma começa a falar. Ela lembra que foi eleita por mais de 54 milhões de votos e fala sobre compromissos que ela assumiu. "Ao exercer a presidência da república, cumpri fielmente os compromissos que assumi com aqueles que me elegeram".
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O ex-presidente Lula sentou ao lado de Chico Buarque.
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Antes de começar a sessão, Lewandowski dá explicações sobre o andamento da sessão - ele diz que os senadores podem escolher falar do lugar em que estão ou ir até a tribuna. Ele também diz que será rigoroso e ficará atento ao comportamento das pessoas que estão acompanhando a sessão.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O ex-presidente Lula acaba de entrar na galeria da Casa.
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Ricardo Lewandowski cumprimenta a presidente afastada Dilma pela disposição em ir até o Congresso para dar sua explicação sobre os fatos.
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Dilma sobe para cumprimentar as autoridades que estão na mesa. Ela troca um aperto de mãos com Lewandowski.
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Começou!

A sessão histórica começa. O presidente da sessão, o ministro do STF Ricardo Lewandowski, chama Dilma para entrar no plenário.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Já na lista de convidados dos três autores do pedido de impeachment – o procurador de Justiça aposentado Hélio Pereira Bicudo e os advogados Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior –, estão líderes de movimentos de rua, como Kim Kataguiri (Movimento Brasil Livre), Rogério Chequer (Vem pra Rua) e Beatriz de Sordi (Revoltados Online).
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Tanto a acusação quanto a defesa da presidente da República Dilma Rousseff têm direito a levar para o Senado 30 convidados. Na lista da presidente Dilma, está confirmada a presença do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. A maior parte será de ex-ministros, mas artistas como Chico Buarque e Letícia Sabatella também foram convidados pela petista. Chico Buarque já está aqui.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Deputados federais aliados da presidente Dilma também apareceram aqui na Casa vizinha. Arlindo Chinaglia (PT) é um deles.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Senadoras do PT carregam rosas na mão.
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Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Chico Buarque já está sentado na galeria da Casa. Ele e outras cerca de 30 pessoas foram convidadas pela presidente Dilma para acompanhar o interrogatório. Ex-ministros de Dilma também já chegaram, como Nelson Barbosa e Jacques Wagner.
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Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
O cantor, compositor e escritor Chico Buarque acaba de entrar na galeria da Casa.
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No Congresso

Dilma chegou ao Congresso pouco depois das 9h, horário para o qual estava marcado o início da sessão.
Catarina Scortecci
Catarina ScortecciCorrespondente em Brasília
Bom dia! O plenário do Senado já está cheio, mas ainda desorganizado. Embora a sessão tenha sido marcada para as 9 horas, deve haver um atraso de pelo menos 30 minutos. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, chegou pontualmente, às 9 horas. Os três senadores do Paraná - Alvaro Dias (PV), Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB) - também já estão no plenário.
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Sessão histórica

Bom dia! Começa agora a cobertura em tempo real da sessão em que a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) vai fazer a sua defesa no Senado.
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