Em pronunciamento oficial, transmitido na noite desta sexta-feira (8), em cadeia de rádio e televisão, em comemoração ao dia Internacional da Mulher, a presidente Dilma Rousseff ameaçou os homens que "insistem em agredir suas mulheres". "Se vocês agem assim por falta de respeito, ou por falta de temor, não esqueçam jamais que a maior autoridade deste País é uma mulher, uma mulher que não tem medo de enfrentar os injustos nem a injustiça, estejam onde estiverem", advertiu a presidente, falando em tom grave.

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O tema violência contra mulher encerrou o pronunciamento de 11 minutos, no qual Dilma anunciou a desoneração da cesta básica. A presidente avisou que o governo vai "intensificar o combate contra os crimes monstruosos do tráfico sexual e da violência doméstica", como já está fazendo. "A violência doméstica tem de ser varrida dos nossos lares e do nosso território", desabafou a presidente, lembrando que o País "já possui instrumentos poderosos" para combater isso, como a lei Maria da Penha, que Dilma classifica como "uma das melhores do mundo". Em seguida, pediu "maior compromisso e maior participação de todos nós"

Ela encerrou sua fala, fazendo "um especial apelo" e "um alerta aqueles homens que, a despeito de tudo, ainda insistem em agredir suas mulheres". Segundo Dilma, "se é por falta de amor e compaixão que vocês agem assim, peço que pensem no amor, no sacrifício e na dedicação que receberam de suas queridas mães". Em seguida, emenda ameaçando que o País é governado por uma mulher, que não tem medo de enfrentar injustiças.

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No pronunciamento, Dilma anunciou que o governo federal vai instalar, em cada Estado, um moderno centro de atendimento integral à mulher. Este centro, explicou, contará com um setor de prevenção e atenção contra a violência doméstica, e outro, de apoio à mulher, à mulher empreendedora, com ferramentas de estímulo ao pequeno negócio, como o microcrédito e a capacitação profissional.

A presidente Dilma observou que, neste dia dedicado mundialmente às mulheres, "um governo comandado por uma mulher tem mais que obrigação de lutar pela igualdade de gênero, pela defesa intransigente dos mesmo direitos para homens e mulheres". Para ela, esta, aliás, deve ser a disposição de qualquer governo, seja ele comandado por um homem ou por uma mulher. "Não se trata apenas de uma questão ética ou humanística. Trata-se de uma questão eminentemente estratégica", disse a presidente, acrescentando que, "a desigualdade de gênero não é apenas socialmente maléfica, como economicamente destrutiva". Dilma completou, salientando que seu governo possui "o maior volume de políticas públicas em favor da mulher em nossa história" e anunciando que "precisamos e vamos fazer muito mais".