A presidente Dilma Rousseff, que desistiu de fazer o tradicional discurso na tevê em comemoração ao Dia do Trabalhador, usou o Facebook para se comunicar com a população nesta sexta-feira, primeiro dia de maio. A presidente publicou três vídeos e, em um deles, criticou novamente a violência contra trabalhadores, embora não tenha mencionado explicitamente o Paraná.
No primeiro vídeo, Dilma voltou a reclamar da proposta de regulamentação da terceirização aprovada pela Câmara dos Deputados, que estende a terceirização para todos os tipos de atividades.
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Leia a matéria completa“Sei que é importante regulamentar o trabalho terceirizado no Brasil, para que 12,7 milhões de trabalhadores terceirizados tenham proteção ao emprego, direitos trabalhistas e previdenciários e garantia de um salário digno”, disse a presidente no vídeo, destacando que regulamentar a terceirização significa também uma “maior segurança para o empregador”.
Dilma ressaltou que, na sua avaliação, a regulamentação do trabalho terceirizado precisa “manter a diferenciação entre atividades-fim e meio, nos vários setores produtivos”.
“É preciso assegurar ao trabalhador a garantia dos direitos conquistados nas negociações salariais. É preciso proteger a Previdência Social da perda de recursos e assim garantir a sua sustentabilidade”, afirmou a presidente. “O meu governo tem o compromisso de manter os direitos e as garantias dos trabalhadores”, acrescentou.
No vídeo em que falou da violência, Dilma não mencionou os confrontos entre policiais militares e professores no Paraná, na última quarta-feira. “Temos de nos acostumar a ouvir as vozes das ruas, aos pleitos dos trabalhadores. Temos de reconhecer como legítimas as reivindicações de todos os segmentos sociais de toda a nossa população. Temos de nos acostumar a fazer isso sem violência e sem repressão”, disse.
Esta é a primeira vez que a presidente Dilma não grava um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão para o Primeiro de Maio desde que assumiu o cargo pela primeira vez, em 2011. Em março, quando foi veiculado o último pronunciamento de Dilma, em virtude do Dia Internacional da Mulher, a presidente foi alvo de uma série de “panelaços” promovidos por moradores de todo o país como protesto contra a corrupção na Petrobras.
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