Recebida por uma plateia majoritariamente a seu favor, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (4), na 15.ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília, que o processo de impeachment contra ela “não tem fundamento” e que é resultado de um movimento sistemático que tenta questionar o resultado legítimo das eleições.
“Esse movimento atingiu seu ápice esta semana quando se propôs um pedido de impeachment”, disse. “Não tem fundamento o processo do meu impedimento, eu vou fazer a defesa de meu mandato com todos os instrumentos previstos em nosso Estado democrático de direito.”
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A presidente repetiu os argumentos de seu pronunciamento feito na quarta-feira (2), quando o processo foi aberto pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e disse que as razões do pedido de impeachment são “inconsistentes e improcedentes”.
Dilma é recebida aos gritos de ‘não vai ter golpe’ em evento em Brasília
Leia a matéria completa“Não cometi nenhum ato ilícito. Não tenho conta na Suíça”, repetiu Dilma, em uma referência a Cunha, que está sendo investigado por contas ilegais no país europeu.
13 anos de PT
A presidente argumentou que o andamento do impeachment é um questionamento não apenas a seu mandato, mas também ao histórico da gestão do PT. “Eu vou fazer a defesa do meu mandato com todos os instrumentos previstos em nosso Estado democrático de direito. (...) Não vamos nos enganar. O que está em jogo agora são as escolhas políticas que nós fizemos nos últimos 13 anos”, afirmou.
Ao ouvir gritos de “não vai ter golpe”, Dilma fez questão de agradecer o apoio do público: “Vocês não imaginam como isso que vocês estão fazendo faz bem pra alma da gente”, afirmou no início de sua fala. “Queria começar agradecendo a recepção que vocês me deram hoje. Jamais vou esquecer”, emendou.
Esta é a primeira agenda pública da presidente desde a decisão de Cunha de deflagrar o processo de impeachment, nesta semana. Em retaliação ao PT, ele acatou representação assinada pelos advogados Hélio Bicudo (ex-petista), Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal.
Antes da chegada da presidente ao evento, houve gritos de “Não vai ter golpe” e “Fora Cunha” – o público é formado por integrantes de conselhos municipais e estaduais de saúde.
Se a presidente teve uma recepção calorosa, o mesmo não pode ser dito do ministro da Saúde, Marcelo Castro. Ao ter seu nome anunciado, foi vaiado pelo público, a exemplo do que ocorreu na abertura da conferência.
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