Tudo é gigante na exposição Dinos na Oca iniciada nesta quinta-feira no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. As peças originais e as réplicas são quase 400 - algumas delas com mais de 700 milhões de anos. Alguns dos animais representados tem mais de 20 metros de altura e pesaram, quando vivos, algumas centenas de toneladas. O investimento total na exposição é de cerca de R$ 7 milhões e o público visitante esperado é de mais de 1 milhão - o que seria um recorde para a Oca. Só na abertura do evento nesta quinta-feira quase 4 mil pessoas estiveram presentes.
- Está fantástico isso aqui, lotado de gente. E o que é mais legal: para cada adulto, três crianças. Estou muito feliz - comemorou Luiz Eduardo Anelli, professor de paleontologia do Instituto de Geociências da USP e curador da mostra.
- É a maior exposição de paleontologia já realizada no Brasil e também a maior reunião do acervo de fósseis brasileiros - afirmou Anelli.
Segundo o professor, a mostra Dinos na Oca tem as melhores réplicas de esqueletos de dinossauros já confeccionadas. Metade das 400 peças expostas são réplicas porque é mais fácil e seguro trabalhar com elas do que com fósseis originais.
- Em nenhum museu do mundo, nem nos mais importantes de Londres e Nova York, se montam dinossauros originais. É muito perigoso, porque são pesados e há risco de serem danificados - explicou Anelli.
Mesmo assim há itens originais na exposição. Como o fêmur de mais de 1,5 metro que pertenceu tempos atrás a um Jobaria, dinossauro que viveu na África no período Cretáceo há 135 milhões de anos. Um fêmur humano pode chegar a 50 centímetros. O Jobaria é o maior animal da exposição - tem cerca de 22 metros de comprimento. O fêmur poderá ser tocado pelas pessoas que visitarem a mostra.
A exposição, que ficará na capital paulista até o dia 30 de abril, traz peças da África, Argentina, China e Estados Unidos, numa seleção feita por um dos melhores paleontólogos da atualidade, o professor Paul Sereno, diretor da Fundação Project Exploration e professor da Universidade de Chicago.
Outro ponto de destaque são os cenários. Logo ao entrar na Oca, o visitante encontrará um túnel de 50 metros que traz sons e imagens referentes à evolução geológica da Terra nos últimos milhões de anos. Ao longo da visita, o público conhecerá um pouco da vida dos dinossauros em seu habitat natural e os cataclismas naturais que provocaram sua extinção.
- A disposição das peças pela Oca foi muito bem feita, elas podem ser observadas por diversos ângulos. E há bastante espaço para todos, é uma exposição extremamente confortável - diz Anelli.
Serviço:
Local: Oca, Parque do Ibirapuera, São Paulo Pavilhão Lucas Nogueira Garcez Parque do Ibirapuera s/n-Portão 2 Aberto: de terça-feira a domingo (26 de janeiro a 30 de abril) Horário: das 9 às 21 horas
www.dinosnaoca.com.br
-Valor: R$20,00 (meia entrada para estudantes com carteirinha) -Ingresso Família*- 2 adultos e 2 crianças de até 12 anos: R$50,00 -Ingresso com Desconto de 20%: de 3ª a 6ª feira, das 10 às 17 horas (inclusive Ingresso Família). -Entrada Franca para crianças até 5 anos, portadores de deficiência física, maiores de 65 anos e aposentados.
-Ingresso pela internet: www.ingressofacil.com.br
Governadores e oposição articulam derrubada do decreto de Lula sobre uso da força policial
Tensão aumenta com pressão da esquerda, mas Exército diz que não vai acabar com kids pretos
O começo da luta contra a resolução do Conanda
Governo não vai recorrer contra decisão de Dino que barrou R$ 4,2 bilhões em emendas