Brasília, (Folhapress) Embora já tenha dito que "não tem vontade" de continuar lutando na Justiça para ter de volta o mandato de deputado federal, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu ainda cogita entrar com alguma medida.
Com autorização expressa de Dirceu, seu advogado, o criminalista José Luís Oliveira Lima, está analisando a possibilidade de um novo recurso. A defesa tem 120 dias, a partir da cassação, ocorrida em 30 de novembro, para apelar ao Supremo Tribunal Federal, prazo que se esgota no final de março.
"Não existe uma decisão tomada sobre recorrer ou não, apenas estudos sendo feitos por mim, que poderão ser apresentados a meu cliente para que ele tome sua decisão", afirmou o advogado. Lima está reunindo documentos e consultando juristas cujas identidades não revela para embasar um eventual pedido.
O criminalista nunca escondeu que considera que existem argumentos "sólidos" para anular a cassação. O principal deles seria o fato de a votação pela Câmara, na quarta-feira da semana passada, ter ocorrido no mesmo dia da decisão do Supremo que a autorizava. Na opinião do advogado, deveria ter havido um intervalo de alguns dias para que a nova versão do relatório de cassação de Dirceu fosse conhecida oficialmente pelo ex-ministro.
Outro argumento utilizado é o fato de o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) ter sido cassado, entre outras razões, por ter denunciado o "mensalão" sem haver provas de que tenha existido na forma como ele relatou.
Enquanto isso, o petista perdeu o mandato por ser o suposto chefe do esquema, o que seria uma contradição, na opinião do advogado. O ex-ministro viajou hoje para o Rio de Janeiro para iniciar um período de reclusão acompanhado do escritor Fernando Morais, o que deve resultar em um livro contando os bastidores de seu período na Casa Civil (janeiro de 2003 a junho de 2005). O livro deve ficar pronto no início do ano que vem e não será "chapa branca", segundo Dirceu.
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Após críticas, Randolfe retira projeto para barrar avanço da direita no Senado em 2026
Lula não passa presidência para Alckmin e ministros assumem tratativas no Congresso; assista ao Entrelinhas
São Paulo aprova isenção de IPVA para carros híbridos; elétricos ficam de fora