O ex-ministro José Dirceu deixou a Superintendência da Polícia Federal em Brasília nesta terça, 4, onde estava detido. De camisa azul e blazer azul marinho, ele saiu às 12h47 da Superintendência em direção ao aeroporto. O avião decolou por volta das 14 horas, como previsto, rumo a Curitiba.
Preso nesta segunda-feira, 3, na 17ª fase da Operação Lava Jato, Dirceu teve sua transferência autorizada ainda na segunda (4), à noite, pelo ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele teve a prisão decretada pelo juiz Sergio Moro, que conduz as investigações na primeira instância, no Paraná.
A previsão é de que o ministro chegue no aeroporto de Curitiba por volta das 16h, de onde será levado para a Superintendência da PF junto aos demais presos na 17ª fase da Lava Jato. Nesta manhã, Dirceu recebeu a visita de seus advogados e de sua companheira, Simone Patrícia Tristão Pereira. Ele passou a noite na carceragem da PF devido ao horário que teve sua transferência autorizada, já pela noite, o que dificultou a logística de transporte.
De acordo com a PF, o ex-ministro ficou em uma cela simples, com uma cama de alvenaria e se alimentou como os demais presos. Dirceu já fez o exame de corpo de delito e não vai precisar passar pelo procedimento aqui.
Preso ontem na 17ª fase da Operação Lava-Jato, o petista foi detido por suspeita de receber recursos desviados de contratos na Petrobras. Inicialmente ele foi encaminhado para a Superintendência da PF em Brasília, mas teve a transferência para Curitiba autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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Sete presos desta fase da operação passaram pelo exame de corpo de delito nesta terça feira (4) no Instituto Médico Legal, em Curitiba. O procedimento é padrão, e foi feito assim que o grupo chegou ontem à sede da Polícia Federal da capital.
Passaram hoje pelo IML: Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (irmão de José Dirceu), Roberto Marques, Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura, Celso Araripe, Júlio Cesar dos Santos, Olavo Hourneaux de Moura Filho e Pablo Alejandro Kipersmit. O exame durou cerca de vinte minutos. Nenhum dos presos falou com a imprensa.
O grupo voltou para a sede da Polícia Federal onde devem começar a prestar depoimento ao longo do dia. Vão ter prioridade os presos que estão sob prisão temporária que vence nesta sexta feira (5). Entre eles estão o irmão e o ex-assessor de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva e Roberto Marques. Também devem ser ouvidos nos primeiros depoimentos o presidente da Consist Software Pablo Alejandro Kipersmit, Olavo Hourneaux de Moura Filho e Júlio Cesar dos Santos.
Os dois investigados que tiveram prisão temporária decretada, de 30 dias, e que já estão em Curitiba, deverão serão ouvidos nos próximos dias. São eles Celso Araripe, gerente da Petrobras e o lobista Fernando Moura. Araripe é investigado por crimes relacionados a uma fase anterior da Lava Jato.
Nesta terça-feira, 13 presos da Operação Lava Jato estavam na carceragem da Polícia Federal. Outros 16 investigados estão detidos no Complexo Médico-Penal do Paraná, em Pinhais (PR).
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