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A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal confirmou na tarde desta quarta-feira, 2, que já foram transferidos para o Centro de Progressão Penitenciária (CPP) o ex-ministro José Dirceu, o ex-deputado Valdemar Costa Neto e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. A transferência ocorreu por volta das 14 horas.

Os três cumpriam pena no complexo penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, por envolvimento com o mensalão, e foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A transferência ocorreu porque eles foram autorizados a trabalhar fora da cadeia. No CPP ficam os presos com direito a prestar expediente externo.

Dirceu estava preso na Papuda desde novembro do ano passado. O ex-ministro foi condenado a 7 anos e 11 meses pelo crime de corrupção ativa no processo do mensalão do PT, mas tem direito a cumprir a pena no regime semiaberto. Já Delúbio foi condenado a uma pena de 6 anos e 8 meses em regime semiaberto por corrupção ativa no mensalão do PT.

O Código Penal afirma que o semiaberto é destinado a presos não reincidentes condenados a mais de quatro anos de prisão e menos de oito anos.

Histórico

O pedido de trabalho externo de Dirceu se arrasta desde o ano passado. Primeiramente ele tentou obter autorização para trabalhar num hotel de Brasília. Lá, seria gerente e receberia salário de R$ 20 mil.

Dúvidas sobre o verdadeiro proprietário do hotel surgiram após a revelação de que a empresa que comandava o estabelecimento era sediada no Panamá e tinha como presidente um auxiliar de escritório que residia num bairro pobre da cidade.

Devido a isso, Dirceu desistiu da proposta e obteve uma nova, para trabalhar no escritório de advocacia do José Gerardo Grossi, em Brasília, com salário de R$ 2,1 mil. Primeiramente, o pedido foi negado pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa. Todavia, na semana passada foi autorizado pela maioria da corte.

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