Em entrevista após prestar depoimento em sessão fechada da Corregedoria da Câmara, o deputado José Dirceu (PT-SP) fez duras críticas ao Conselho de Ética pelo fato de o órgão ter se antecipado e julgado se seria possível aceitar uma representação do PTB para retirar os processos contra ele e o líder do PL, Sandro Mabel (GO). Dirceu disse que a atitude do Conselho foi arbitrária.

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- Quero protestar contra o Conselho de Ética, quero protestar que o Conselho de Ética se reuniu ontem e decidiu por aprovar um parecer contrário a um pedido que nem havia sido feito ainda. Imaginem a situação que estamos vivendo no país. Alguém diz que vai fazer algo, o Conselho de Ética se reúne e diz que não pode ser feito. Salta à vista. Isso é uma violência, uma arbritariedade. Sempre vou protestar quando não tiver direito de defesa ou violarem o procedimento legal. Não me interessa o mérito, foi uma violência.

Dirceu disse ainda que até agora não há provas contra ele e lembrou que não é réu confesso.

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- A não ser que queiram me cassar pelo que eu representei pelo governo, pelo que eu representei pelo PT e pelo que eu representei para a história do país. Todo julgamento político tem que ter prova, senão estamos na ditadura, na tirania. A não ser que queiram me banir da vida política do país e me afastar do PT - afirmou.

O advogado de Dirceu, José Luis Oliveira Lima, disse que o deputado vai recorrer, até mesmo ao Supremo Tribunal Federal (STF), para fazer a representação do PTB desistindo do processo por quebra de decoro parlamentar.