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O deputado José Dirceu (PT-SP) e o ex-deputado José Genoino, ambos ex-presidentes do PT, terão assento garantido no diretório nacional do partido. A medida foi proposta pelo atual presidente, Tarso Genro, cujo mandato acaba sábado, aprovada na última reunião do diretório, em agosto, e divulgada só agora.

O PT aprovou uma resolução segundo a qual todos os ex-presidentes do partido poderão participar das reuniões do diretório na condição de "convidados permanentes". Eles não terão direito a voto, mas poderão se manifestar nas reuniões.

Segundo Tarso, a proposta teve apoio das correntes de esquerda Democracia Socialista e Articulação de Esquerda e oficializa uma situação já existente.

Tarso chegou a abandonar a disputa pela presidência do PT por discordar da presença de Dirceu na chapa do Campo Majoritário para o diretório nacional. Segundo ele, se o deputado for cassado, perderá os direitos políticos e com isso a filiação partidária e suas prerrogativas no PT.

- Se o José Dirceu quiser participar da reunião de sábado, ele pode. Se não foi nas outras, é porque não quis. Não foi decretada a morte civil dele. Você acha que eu deixaria de regulamentar uma situação no partido para fazer enfrentamento político?- disse Tarso.

Nesta sexta-feira, o presidente eleito Ricardo Berzoini deve conversar com os líderes das demais correntes do partido para fechar a composição da executiva nacional do partido. Berzoini vai tentar um acordo e evitar que a disputa seja no voto, mas a briga pela poderosa secretaria de Organização pode dividir o PT.

O Movimento PT, corrente moderada que teve cerca de 12% dos votos no Processo de Eleições Diretas (PED), reivindica a vaga para o mineiro Romênio Pereira, com apoio das demais correntes minoritárias. Mas o atual secretário, Gleber Naime, do Campo Majoritário, se recusa a deixar o posto, contrariando alguns líderes de sua própria tendência.

- O chamado Campo Majoritário precisa ter sensibilidade e reconhecer o recado das urnas. Se não reconhecerem, as relações podem começar azedas - disse o deputado Geraldo Magela, do Movimento PT.

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