Com 2.082 doadores contabilizados em seu site de apoio, o ex-ministro José Dirceu já possui mais de R$ 643 mil à sua disposição para pagar a multa imposta a ele pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em razão de sua condenação no processo do mensalão. Desse montante, que corresponde a dois terços da multa de R$ 971 mil, pouco mais de R$ 500 mil foram conseguidos por meio de doações. Os outros R$ 143 mil foram repassados do que sobrou da campanha de arrecadação do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
O site de apoio a Dirceu foi lançado há uma semana, mas o ex-ministro ainda não foi notificado Supremo a pagar a multa. Na terça-feira, o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), entrou com representação na Procuradoria da República no Distrito Federal pedindo o imediato bloqueio dos recursos arrecadados na "vaquinha" organizada pela internet.
Bueno justifica que, como Dirceu também responde no Ministério Público Federal a ação por improbidade administrativa, todo o patrimônio do petista precisa ser tornado indisponível, o que inclui o montante das doações, para que se garanta, pelo menos em parte, o ressarcimento dos cerca de R$ 100 milhões de recursos públicos desviados pelo esquema do mensalão.
A condenação
Dirceu foi condenado no mensalão a dez anos e dez meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha. O ex-ministro cumpre desde novembro pena na Penitenciária da Papuda, em Brasília, em regime semiaberto.
A página de apoio ao mensaleiro dá o passo a passo, em quatro etapas, para fazer a colaboração: depósito identificado ou transferência bancária identificada com CPF, enviar comprovante de depósito, incluir na declaração do Imposto de Renda e acompanhar a arrecadação.
Estatal, orçamento e gabinete novo: a estratégia de Lira após deixar o comando da Câmara
Lula passa para cuidados semi-intensivos após três dias de monitoramento contínuo
Divórcio com mercado financeiro: Lula perde apoio de investidores para 2026
Valdemar depõe à PF sobre suposta tentativa de golpe e questionamento das urnas
Deixe sua opinião