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O deputado José Dirceu (PT-SP), em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, negou que tenha autorizado qualquer membro do PT a negociar cargos públicos ou a ocupação de cargos de confiança em seu nome. Dirceu foi questionado pelo relator do Conselho, Jairo Carneiro, sobre a acusação de que Silvio Pereira - ex-secretário geral do PT afastado do partido após admitir que ganhou um carro de uma empresa que presta serviços para a Petrobras - ocupava uma "função especial" na análise dos currículos de nomes indicados a cargos públicos de "importância". Dirceu negou esta relação, mas reconheceu que estes entendimentos transitavam pela Casa Civil.

- Silvio (Pereira) foi convidado a integrar o governo como muitos membros de outros partidos, como todos os presidentes anteriores o fizeram. O que chama a atenção, no caso do PT, é que o Silvio não tinha mandato, não tinha sala específica para ele. Fazia reuniões na sala de reuniões na Casa Civil, um espaço aberto a qualquer representante de partido que queira o fazer - disse.

E voltou a acusar o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de fazer acusações sem provas:

- Se ele (Jefferson) tem conhecimento de que foram feitos acordos para a ocupação de cargos, por que só com o PTB: Por que os outros partidos não me acusam de homologar partidos políticos? A participação dos partidos políticos em empresas foi feita a partir das coligações constituídas durante as eleições, como aconteceu em qualquer governo e, ainda assim, o governo Lula não fez nem mais nem menos do que os governos anteriores nas gestões de cargos públicos.

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