O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), escalou o diretor geral da Casa, Sérgio Sampaio, para defendê-lo da suposta acusação de receber propina para beneficiar empresa prestadora de serviço do restaurante do anexo IV da Câmara.

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- Nunca fui procurado pelo presidente para aliviar o contrato - disse.

O boato da denúncia surgiu no começo da tarde nesta sexta-feira quando Severino convocou uma reunião emergencial na residência oficial da Câmara. Uma revista semanal teria documento assinado por Severino que comprovaria o privilégio à empresa.

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O documento teria sido apresentado por Sebastião Augusto Buani, dono da empresa chamada Buani & Paulucci LTDA responsável pela prestação de serviço no restaurante do anexo IV.

Ele alegou que o documento garante a exploração do restaurante por cinco anos e que Severino recebera propina para assiná-lo. O presidente da Câmara emitiu nota à imprensa para negar as acusações.

Severino diz ser extorquido por que decidiu romper contrato com a empresa de Buani por falta de pagamento de uma dívida acumulada em R$ 150 mil.

No fim da tarde, o diretor da Casa, Sérgio Sampaio, explicou os detalhes do contrato com a Buani. Segundo ele, a empresa não paga o aluguel do espaço - no valor de R$ 11.500,00 - desde dezembro do ano passado.

Sampaio contou que, desde fevereiro deste ano, Buani vem tentando renegociar a dívida sem sucesso. O diretor afirmou que não há alternativa se não o pagamento dos valores devidos. Ele negou ainda ter sofrido pressões para negociar com Buani.

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O presidente da Câmara alegou ser vítima de extorsão e encaminhou ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, representação solicitando abertura de inquérito na Polícia Federal sobre o assunto.