O diretor da Polícia Federal (PF), Paulo Lacerda, reagiu nesta quarta-feira às criticas da "Veja" ao delegado Moysés Eduardo Ferreira. A Polícia Federal intimou e ouviu os jornalistas da revista sobre o caso do dossiê. Segundo Lacerda, não caberia à revista escolher as perguntas que um delegado pode ou não pode fazer durante um interrogatório. Em nota divulgada nesta terça-feira, a diretoria da revista "Veja" protestou contra perguntas que teriam sido feitas a três repórteres em depoimento ao delegado Moysés, na superintendência da PF em São Paulo.
- A PF deve ser censurada em seus questionamentos? Isso pode perguntar, aquilo não pode perguntar? - questionou Lacerda, depois de participar da solenidade de asteamento da bandeira em frente à sede da PF em Brasília.
Segundo ele, a PF abriu inquérito para investigar uma denúncia feita pela própria revista. Em matéria publicada há duas semanas, "Veja" acusou policiais federais de facilitar um encontro entre Freud Godoy, ex-assessor especial da presidência, e o advogado Gedimar Passos, um dos petistas acusados de envolvimento na compra de dossiê contra políticos tucanos.
- Após ouvir os policiais, a PF haveria de ouvir também a contribuição daqueles que têm o compromisso com o fato, com a verdade. Foi isso que a PF fez, intimou as pessoas que são repórteres e foi ouví-las na presença de uma advogada e do Ministério Público - disse Lacerda.
Lacerda afirmou que, no entanto, se a revista fizer uma representação formal apontando eventuais transgreções das normas internas, a Polícia Federal abrirá uma outra investigação para apurar a denúncia. Segundo ele, a polícia fará uma investigação isenta e desapaixonada:
- A PF tem um compromisso com a apuração da verdade, assim como a imprensa também tem. Sem partido e sem paixão.
A OAB condenou o que chamou de "meios truculentos" que teriam sido usados pela PF.
Leia mais sobre a relação da imprensa com poderes públicos nas eleições 2006
Acordos com governo e oposição dão favoritismo a Alcolumbre e Motta nas eleições no Congresso
Rússia burla sanções ao petróleo com venda de diesel e Brasil se torna 2º maior cliente
As prioridades para os novos presidentes da Câmara e do Senado
A classe média que Marilena Chauí não odeia: visitamos a Casa Marx, em São Paulo
Deixe sua opinião