Em entrevista ao jornal Globo na tarde desta quarta-feira, o diretor do Sindicato dos Profissionais de Processamento de Dados do Distrito Federal Avel Alencar, de 42 anos, admitiu que foi o responsável pela confecção de três mil cartazes com uma fotomontagem do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), vestindo um uniforme de nazista. O sindicalista disse que passou os serviços de gráfica com um cheque de sua própria conta, no valor de R$ 1.060.

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- Eu mandei fazer a arte e paguei com meu dinheiro - contou Avel Alencar.

O sindicalista disse, inclusive, que está pensando em processar Bornhausen por prática de racismo, já que o pefelista disse que a crise política envolvendo o PT livraria o país "dessa raça" de políticos pelos próximos 30 anos. Avel Alencar disse ainda que foi uma decisão pessoal sua e que não teve participação de nenhum integrante do governo ou do PT.

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- O Bornhausen pregou o extermínio da raça petista. Quem pregava o extermínio de raça eram os nazistas, por isso estou pensando em processá-lo - afirmou.

Filiado ao PT desde 1993, o sindicalista disse que o ministro do Trabalho e ex-presidente da CUT, Luiz Marinho, não tem envolvimento no caso.

- O Bornhausen não reconhece que a sub-raça tem capacidade de raciocínio? Foi tudo idéia minha, eu estava indignado porque me senti ofendido com as declarações de Bornhausen e fiquei irritado com a inércia da direção do PT. Nossos companheiros do governo não quiseram responder, então resolvi reagir - afirmou.

Segundo o sindicalista, o presidente do PFL sempre foi "nazista, punkeiro e reacionário e apoiou a ditadura". Avel disse ainda que tem o direito de reagir porque se sentiu ofendido pelo pefelista.

- Ele me ofendeu diretamente. Como eu não posso reagir? Tenho todo direito de reagir. A polícia não precisa me procurar não porque todo mundo me conhece.

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Avel Alencar disse ainda que pretende fazer outros cartazes do tipo:

- Peguei gosto. Vou fazer outros cartazes.