O diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transporte (Dnit), Luiz Antonio Pagot, refutou as acusações contra ele de superfaturamento e integração de esquema de propina. Durante audiência pública nesta manhã nas Comissões de Infraestrutura (CI) e Fiscalização e Controle do Senado, ele focou seu depoimento em explicações técnicas sobre o funcionamento do órgão. Pagot ressaltou que existe um conselho de administração e um conjunto de diretorias que tomam decisões no Dnit, eximindo-se da responsabilidade de decidir isoladamente sobre a condução das obras.
Aparentando tranquilidade e segurança, Pagot explicou que trabalha na direção do Dnit de forma integrada com as diretorias do órgão. "Nós apenas sugerimos, não decidimos", alegou. Ele acrescentou que o fluxo e volume das obras exigem, ao longo da execução, a revisão do orçamento inicial do projeto. "Em função do fluxo e volume (das obras), temos de ampliar o escopo das rodovias", justificou.
Pagot citou o exemplo das obras na BR-101 em Santa Catarina, que após as exigências para o licenciamento ambiental da obra, houve a elevação do investimento em R$ 1 bilhão. Pagot ainda não falou sobre as denúncias de corrupção no órgão e no Ministério dos Transportes, que motivaram seu depoimento no Senado.
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