O Diretório Nacional do PT aprovou neste sábado (30) a resolução política do partido com a preocupação de não bater de frente com o PSD, partido formado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. No documento final, sumiu o trecho irônico constante da proposta que já havia sido discutida pelos petistas no dia anterior, na qual o PSD é tratado como um "partido que se autodefine como nem de centro, nem de direita, nem de esquerda". O novo presidente do PT, Rui Falcão, evitou falar sobre futuras e eventuais conversas entre os dois partidos. "O PSD não existe formalmente e não pode ser objeto de deliberação", disse em entrevista neste sábado.
Na resolução petista, a oposição é considerada "sem rumo" e em "crise de identidade". Os adversários do PT e do governo da presidente Dilma Rousseff, considera o documento, estão fragmentados. O partido não fechou orientação sobre coligações e alianças eleitorais na reunião do diretório. Uma comissão eleitoral será criada para fazer um levantamento da situação política nos Estados para depois traçar as diretrizes e a estratégia de política de alianças.
O diretório aprovou uma resolução específica sobre reforma política insistindo no financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais, a votação em lista de nomes elaborada pelos partidos políticos, a manutenção do sistema proporcional para a eleição de deputados federais, estaduais e vereadores e o fim das coligações nas eleições proporcionais. "A lista é a única oportunidade que vemos para ampliar a participação de setores majoritários sub-representados", defendeu Falcão. O PT considera que há na sociedade um clima propício para essas propostas.
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