A menos de um mês da convenção partidária que vai definir a posição do PMDB na eleição para prefeito de Curitiba, o partido fica a cada dia mais rachado. No episódio mais recente, os presidentes dos diretórios zonais da legenda na capital divulgaram uma carta endereçada ao senador Roberto Requião em que classificam como "suicídio político e eleitoral" a candidatura do ex-deputado Rafael Greca. No documento, apresentado nesta semana, eles defendem uma aliança com o atual prefeito Luciano Ducci (PSB).
Desde o início das discussões em torno da eleição marcada para outubro, Requião, que é presidente do PMDB de Curitiba, defende a candidatura própria do partido e o nome de Greca para ocupar a vaga. No entanto, vários dirigentes municipais da legenda e a maioria dos deputados estaduais criticam a escolha do senador e afirmam que o melhor caminho é apoiar a candidatura de Ducci. Há duas semanas, inclusive, o prefeito apresentou uma proposta formal de aliança aos peemedebistas.
Ontem, referendando essa posição, os presidentes das zonais da capital publicaram uma carta em que repudiam o nome de Greca como candidato do partido e afirmam que a candidatura dele não tem chances de vitória. "É uma pré-candidatura extemporânea, desagregadora, que dividiu o partido e desagrada a cidade. Atende unicamente aos interesses de Greca", diz o documento.
"[Ducci] nos oferece a oportunidade de uma parceria efetiva na elaboração do plano de governo e na gestão da cidade. É a chance do nosso PMDB voltar a ser protagonista dos destinos da nossa Curitiba", continua a nota.
"Queremos que o Requião volte atrás [em sua decisão de lançar o Greca]. Se ele não voltar, com afeto e muito respeitosamente, vamos [levar a proposta de aliança com o Ducci] à convenção", declarou Doático Santos, secretário-geral do PMDB de Curitiba. Segundo ele, a ala que defende o apoio a Ducci já teria 60 dos 110 votos da convenção.
Consenso da maioria
Em resposta ao movimento contrário à sua candidatura, Greca afirmou que respeita a opinião dos colegas de partido, mas se disse confiante na vitória na convenção. "Não vou comentar a carta. Sei que temos maioria na convenção e vamos vencê-la pelos métodos democráticos, sem nenhuma tentativa de atropelamento ou de corrupção do processo político", argumentou. "A candidatura a prefeito num partido político passa pelo consenso da maioria, com o respeito que Curitiba e a bandeira do partido merecem."
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