O governador Roberto Requião tem inovado pouco em seus discursos. Desde que ouviu do ex-ministro Mangabeira Unger a expressão "capital vadio", em outubro passado, Requião a repetiu em pelo menos oito ocasiões (considerando-se somente as reportadas pela Agência Estadual de Notícias). A última foi ontem, na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa. O termo preferido, no entanto, ainda é "neoliberal" citado quatro vezes apenas no discurso de ontem. Quem saiu perdendo foi a "Carta de Puebla" que, segundo Requião, "sintetiza a opção preferencial pelos mais pobres" , mencionada apenas três vezes desde outubro (e nenhuma ontem).
Aliás...
O governador Requião disse que está usando o Twitter para transmitir "conteúdo ideológico". Isto justificaria as mensagens com provocações, ataques e respostas ácidas. Para ele, a ferramenta tem que ser um instrumento de crítica. "Não é uma brincadeira para dizer vou comer bolo, vou dormir, vou levantar. Tem de ter algum conteúdo", disse.
Vetem
O governador Requião mandou um recado ontem aos deputados estaduais para que mantenham o veto à proposta do Tribunal de Contas do Estado que permite a promoção de servidores técnicos para uma carreira de nível superior sem concurso público. "Não tem cabimento que uma pessoa entre como ascensorista e acabe como advogado. Isso é ilegítimo e ilegal em qualquer lugar", disse. Os deputados vão ter que decidir se votam a favor do veto ou pela derrubada, o que liberaria as promoções consideradas irregulares.
Ficha Limpa
O projeto de lei de iniciativa popular que pretende barrar os candidatos com ficha suja (PLP 518/09) pode ir à votação na Câmara Federal na próxima semana. O presidente da Casa, deputado Michel Temer (PMDB-SP), vai propor isso na reunião de hoje com os líderes partidários. O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, que defende o projeto, espera que a medida seja aprovada no Congresso e sancionada até maio.
Recuou
O chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, desistiu de concorrer a deputado federal. O motivo justificado por ele seria o susto que levou neste mês ao ficar internado uma semana no Instituto do Coração (Incor) em São Paulo. Ele teve deficiência coronária e complicação renal por causa dos medicamentos. "Prefiro viver mais tempo e melhor", diz, argumentando que a política exige muito trabalho 24 horas por dia.
Sem exageros
O presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus (DEM), aproveitou o discurso de abertura dos trabalhos da Casa para falar sobre o "pacote de transparência" implantado na sua gestão. Ele defendeu a liberdade de informação, mas fez ressalvas de que é preciso haver responsabilidade da imprensa. "A acusação é como um travesseiro de penas aberta ao vento. Ela se espalha para além da vista alcança".
Pinga-fogo
"Quem vendeu o Banco do Estado do Paraná (Banestado) praticou um crime contra os paranaenses. Quem votou pela privatização também cometeu uma agressão ao povo do Paraná."
Osmar Dias, senador (PDT-PR) e pré-candidato ao governo estadual, durante discurso no plenário para que o Senado aprove a resolução que prevê o fim da multa paga pelo Paraná.
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