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No próprio governo de São Paulo, avaliava-se ontem que o bordão "estávamos preparados", usado pelas autoridades depois da primeira noite de ataques do PCC contra alvos policiais, não resistiu à escalada no número de mortos.

Próximo capítulo – Um conhecedor da máquina de segurança do Estado prevê: apesar da opinião dos "especialistas", vem aí uma onda de endurecimento das polícias, com a "eliminação de certas cautelas".

Conta tudo – Em campanha presidencial pelo Brasil, Geraldo Alckmin (PSDB) trocou telefonemas com seu sucessor, Cláudio Lembo (PFL), para se inteirar da crise na segurança em São Paulo.

Capítulo anterior – A comissão de segurança pública da Assembléia, presidida pelo deputado Afanasio Jazadji (PFL), convocou o secretário Saulo de Castro Abreu Filho para explicar os atentados de fevereiro a bases da PM paulista.

Deixa pra depois – Os governistas do PMDB querem jogar para o fim de junho a convenção oficial, que Michel Temer agendou para o dia 11. A idéia é fazer antes os encontros estaduais e chegar a Brasília com alianças seladas, para enterrar de vez a candidatura própria.

Jogada de risco – Outro caminho é esvaziar a convenção sob o pretexto de que o encontro de sábado já decidiu a parada. Mas os "garotistas" poderiam obter o quórum mínimo e ressuscitar a candidatura.

Bom garfo – A greve de fome de Garotinho parece ter aberto o apetite de Rosinha Matheus. A governadora, que ficou ao lado do marido quase o tempo todo, deixou o auditório do Senado para almoçar numa famosa churrascaria-rodízio de Brasília. Enquanto isso, ele seguia uma dieta líquida.

Contaminação precoce – A maioria dos parlamentares envolvidos na máfia dos sanguessugas está no primeiro mandato. A constatação joga por terra a idéia de que a renovação de nomes contribuiria para tirar o Congresso da lama.

Dose homeopática – Deputados criticam o fato de o Ministério da Saúde ter escapado praticamente ileso do escândalo das ambulâncias. Acham que Maria da Penha Lino não era a cabeça do esquema. Expôs-se o Congresso, mas foram poupados ministros e ex-ministros.

Veículo eleitoral – Candidato a prefeito de Indaiatuba (SP), o deputado Neuton de Lima (PTB) teve o registro cassado, decisão reformada pelo TSE, por participar de entrega de ambulâncias. Na época, o Ministério Público viu a sugestão de que, uma vez eleito, ele teria "apoio total do governo federal", que custeou os veículos.

Na porta do cofre – Prefeitos do interior começaram romaria à Assembléia Legislativa paulista para reivindicar a liberação, pelo governo estadual, de emendas regionais ao Orçamento. Com o avanço do calendário eleitoral, a pressão sobre os deputados deve aumentar nas próximas semanas.

Laços de família 1 – Ao assumir a Presidência da República durante duas viagens de Lula ao exterior, Renan Calheiros (PMDB-AL) acabou tornando inelegível um de seus irmãos, Remi Calheiros, ex-prefeito de Murici. Ele era candidato a deputado estadual.

Laços de família 2 – A lei eleitoral proíbe a candidatura de parentes de presidente, governadores e prefeitos na mesma jurisdição, a menos que já tenham mandato. Outro irmão de Renan, o deputado Olavo Calheiros, deve fazer uma consulta ao TSE para tentar evitar a inelegibilidade de Remi.

TIROTEIO

* Do deputado Romeu Tuma Jr. (PMDB) sobre o governador Cláudio Lembo dizer que não se pode negociar com o PCC:

– A polícia não pode ceder, mas deve negociar. Ele parece esquecer que o ex-governador Geraldo Alckmin negociou pessoalmente o fim do seqüestro do empresário Sílvio Santos.

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