PTB e PSB disputam quarta-secretaria do Senado
Além do PSDB, o PTB também disputa com o PSB a indicação para a quarta-secretaria do Senado. Pela divisão seguindo o tamanho das bancadas, o PSB teria direito ao cargo, mas o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) lançou o nome de Vicentinho Alves (PR-TO) na disputa.
O senador Gladson Cameli (PP-AC) também colocou seu nome como candidato avulso para disputar a primeira-secretaria da Mesa com o PSDB.
"Essa disputa gerou outras candidaturas para cargos da Mesa. Estamos tentando retirar aqueles que não são oficiais, mas é difícil dizer para um partido que não apresente candidato", disse o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE).
Apenas o presidente da instituição foi escolhido até agora. A eleição dos demais cargos chegou a ser marcada para a manhã desta terça, depois adiada para a tarde, mas com a disputa por cargos ela pode ser adiada para esta quarta-feira (4).
A disputa por cargos no comando do Senado provocou uma briga interna entre senadores do PSDB, que travam nos bastidores um embate com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
O impasse vem travando a escolha dos integrantes da Mesa Diretora do Senado, que vão permanecer nos cargos de chefia da Casa Legislativa nos próximos dois anos. A Mesa é composta pelo presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários.
O racha teve início quando o PSDB decidiu apoiar publicamente a candidatura de Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), adversário de Renan, para presidir o Senado.
Irritado com a postura da sigla, o presidente da Casa pediu que o partido indicasse a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) para um dos cargos da Mesa. O PSDB, porém, insiste que o cargo seja ocupado pelo senador Paulo Bauer (PSDB-SC), que tem apoio da maioria dos tucanos.
Por ser a terceira maior bancada da Casa, o PSDB tem direito a ocupar a primeira-secretaria do Senado, cargo visado por ser uma espécie de "prefeitura" da instituição. Cabe ao primeiro-secretário resolver todas as questões administrativas do Senado, assim como manejar os principais funcionários da Casa.
Renan falou com Lúcia Vânia e fez o convite para o cargo, mesmo com a disposição do PSDB em indicar Bauer. Depois de sucessivas conversas, o PSDB forçou a senadora a desistir da vaga em prol do colega de partido.
Publicamente, o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), disse que Lúcia Vânia atendeu a um "apelo pessoal" do partido e deixou a vaga para Bauer. Antes de ser forçada pelo partido a desistir, a senadora cogitou disputar no plenário a vaga com o colega de sigla, o que irritou o comando do PSDB.
Em um recado a Renan, Aécio disse que recomendou a Bauer para agir na Mesa Diretora do Senado em defesa da "independência" da instituição frente ao Palácio do Planalto. "Espero que nesse mandato o senador Renan seja mais presidente do Senado e menos aliado do Planalto", atacou Aécio.
Renan, por sua vez, disse que a disputa por cargos na Mesa Diretora foi provocada pela candidatura de Luiz Henrique. O peemedebista disputou o cargo sem o apoio oficial do partido, que apoiou a reeleição de Renan.
"A dificuldade é que há uma pulverização de candidaturas para todos os cargos, estimuladas pela tentativa da quebra da proporcionalidade [do tamanho dos partidos]", disse Renan.
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