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Ao menos duas candidaturas podem se tornar inviáveis:  Rogério Rosso (PSD-DF) e  André Figueiredo (PDT-CE) | Luis Macedo/Câmara dos Deputados/Divulgação
Ao menos duas candidaturas podem se tornar inviáveis: Rogério Rosso (PSD-DF) e André Figueiredo (PDT-CE)| Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados/Divulgação

Os grupos que estão de olho na cadeira de presidente da Câmara dos Deputados entram em uma semana crucial. A depender das reuniões previstas para terça-feira (17), ao menos duas candidaturas podem se tornar inviáveis, a do líder do PSD, Rogério Rosso (DF), e a do pedetista André Figueiredo (CE). E o enfraquecimento de ambos abriria natural espaço para os demais parlamentares que estão na corrida: o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o líder do PTB, Jovair Arantes (GO).

Na terça-feira (17), Rosso tem encontro marcado com a cúpula do PSD. Ele se reúne com o fundador nacional da legenda, o ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), e o futuro líder da bancada na Câmara dos Deputados (em substituição a Rosso), Marcos Montes (MG). Na pauta da reunião, estará o apoio ou não da bancada à candidatura do parlamentar do DF.

Desde o início do ano, quando Rosso começou a circular para defender sua candidatura, parlamentares comentavam que ele não teria nem mesmo o apoio da própria legenda. Primeiro a se lançar oficialmente na corrida, Rosso nega a falta de respaldo e alega já contar com os votos “da maioria” dos filiados ao PSD. Apesar disso, reconhece que pode abrir mão da disputa se perceber até fevereiro que a campanha não ganhou robustez.

Uma eventual desistência beneficiaria diretamente o candidato do PTB, que, assim como Rosso, também é oriundo do Centrão – bloco informal, forjado na “Era Cunha”, e que reúne mais de dez legendas médias e pequenas. No lançamento oficial de sua candidatura, Jovair contou com a presença de Rosso, que chegou a fazer um curto discurso, aproveitando a plateia formada majoritariamente pelo chamado “baixo clero”.

Bancada do PT

Também na terça-feira (17), a bancada do PT se reúne para discutir se vai ou não aderir a algum dos quatro nomes. Único representante da oposição até agora, o candidato do PDT, André Figueiredo (CE), espera contar com o apoio dos petistas e já confirmou o lançamento oficial da sua candidatura para o mesmo dia. A despeito disso, prosseguem as conversas do PT com o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia, candidato à reeleição.

Para parlamentares do PT, apoiar o candidato com mais chance de vitória – Maia é respaldado pela maior bancada da Casa, a do PMDB, e pela “antiga oposição”, encabeçada pelo PSDB – significa garantir uma cadeira na Mesa Diretora, composta por 11 integrantes, um presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes.

Segunda maior bancada no plenário, o PT está de olho na cadeira de primeiro-secretário, cuja missão principal é administrar o parlamento. O político escolhido para a vaga fica como uma espécie de prefeito da Casa.

Se não conseguir o apoio do PT, a candidatura de Figueiredo perde envergadura e, ainda que ele se mantenha oficialmente na disputa para marcar posição, permanecerá enfraquecido. Para ser eleito, o candidato precisa da maioria absoluta dos votos, em primeiro turno. Em um eventual segundo turno, só precisa ser o mais votado. A votação é secreta.

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