Os 63 Postos de Saúde do Distrito Federal começarão a distribuir a pílula do dia seguinte na semana que vem. Enviado pelo Ministério da Saúde, o medicamento já está na Farmácia Central do Governo do Distrito Federal (GDF). Para retirá-lo, no entanto, a mulher terá de passar por uma avaliação médica e receber orientações. A quantidade, segundo a Secretaria de Saúde, é suficiente para cinco meses de atendimento. A distribuição gratuita do medicamento tem o apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Para a equipe da Secretaria de Saúde, a pílula deve ser considerada um anticoncepcional de emergência. Nã há contra-indicações e ela não é abortiva. "Quando utilizada até dois dias depois da relação sexual, é maior a chance de ela impedir o encontro do espermatozóide com o óvulo", explica o subsecretário de Atenção à Saúde, Milton Menezes. "A pílula não funciona de maneira abortiva. Ela serve, sim, para evitar que ocorra a gestação", explica Menezes.
Banalização
"Espera-se que não haja banalização, porque vamos fazer controle de todas as pessoas que pegarem a pílula. O acompanhamento é importante para que não tenha nenhum problema para a paciente", garante o secretário de Saúde, José Geraldo Maciel. O Ministério da Saúde alerta que a pílula do dia seguinte não dispensa o uso da camisinha, que ainda é o meio mais seguro para evitar não só a gravidez, mas as doenças sexualmente transmissíveis, inclusive a Aids.
A filha da servente Marilene Galvão tem menos de um mês. A gravidez veio depois de um descuido. O pai ainda não assumiu a criança. Marilene não se arrepende de ser mãe, mas diz que, no futuro, se for preciso, é capaz de usar a pílula do dia seguinte para evitar uma gravidez indesejada. "Se precisar, eu vou recorrer à pílula, porque ter filho, hoje em dia, é uma responsabilidade muito grande", diz a servente Marilene Galvão.
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