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A CPI da Terra adiou para a próxima terça-feira, ao meio-dia, a votação do relatório final, do deputado João Alfredo (PSOL-CE). O adiamento foi provocado por pedidos de prazo para análise do voto em separado apresentado nesta quinta pelo deputado Abelardo Lupion (PFL-PR), que constitui, na prática, um relatório paralelo.

O voto em separado de Lupion provocou protestos entre os parlamentares que apóiam o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e as políticas de reforma agrária.

O deputado paranaense diverge de João Alfredo e isenta a União Democrática Ruralista (UDR) de responsabilidades sobre a violência no campo. Enquanto o relator pede o indiciamento do presidente da UDR, Luiz Antônio Nabhan Garcia, Abelardo Lupion propõe a abertura de processos e investigações contra dez lideranças do MST.

O presidente da UDR levantou suspeitas sobre o relatório de João Alfredo, uma vez que o deputado já foi advogado do MST. Já o líder do MST João Paulo Rodrigues avaliou que os ruralistas estão querendo transformar a CPI num "tribunal ideológico contra os movimentos sociais".

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