R$ 1,1 bilhão

era o valor da dívida de curto prazo do governo paranaense no início do ano passado.

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46,76%

das receitas do estado foram gastas no ano passado com o pagamento de salários. O estado está acima do limite prudencial previsto em lei.

O governo do Paraná tem uma dívida de curto prazo de R$ 1,3 bilhão com fornecedores, de acordo com relatório contábil divulgado no Diário Oficial do Executivo desta segunda-feira (2). O montante se refere à chamada “dívida processada” – ou seja, já reconhecida pelo estado, que ocorre quando o governo verifica que as obras, serviços ou produtos adquiridos efetivamente foram entregues.

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Mas o débito do governo com fornecedores pode ser ainda maior, chegando a R$ 1,6 bilhão. Isso porque há débitos “não processados” de mais R$ 300 milhões. Esse é o montante de obras ou serviços contratados em execução e que ainda precisam ser entregues e verificados.

Aumento

Os números mostram um aumento em relação à dívida registrada no ano passado e um aprofundamento da crise fiscal por que passa o governo.

Em janeiro de 2014, a então secretária da Fazenda, Jozélia Nogueira, chamou a atenção pela primeira vez para o valor da dívida de curto prazo do governo, que na época estava em R$ 1,1 bilhão. Depois disso, o governo afirmou que estava reduzindo o passivo.

Gastos com pessoal

Os dados divulgados no relatório final da contabilidade de 2014, divulgado nesta segunda-feira, também mostram que mais uma vez o Executivo ficou acima do limite prudencial para gasto com pagamento de pessoal. O limite é estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal e a cada vez que o governo ultrapassa esse patamar fica exposto a restrições de crédito.

O fato de o estado ter permanecido acima do limite prudencial, por exemplo, foi um dos fatores usados pelo governo federal para negar empréstimos ao Paraná.

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Segundo o relatório, o governo gastou no ano passado 46,76% das receitas correntes líquidas com folha de pagamento. O limite prudencial é de 46,55%. No entanto, o Executivo ainda está abaixo do patamar máximo ditado pela legislação, que é de 49% das receitas.

O número também mostra uma evolução positiva em relação a períodos anteriores do governo Beto Richa (PSDB). No segundo quadrimestre de 2014, encerrado em agosto, o Executivo tinha gastos com pessoal da ordem de 48,1% das receitas.

Na série histórica, o número divulgado nesta segunda-feira é o melhor resultado obtido pelo governo desde o final de 2012.