Pinga-fogo
"Quem manteve toda essa quadrilha que está acabando com a Petrobras é o atual governo que, conivente, deixou que todo esse desmande acontecesse em uma das empresas mais importantes do país."
Marina Silva, candidata a presidente pelo PSB.
R$ 356 milhões é a quantia gasta pelos candidatos a governos estaduais pelo país nos dois primeiros meses de campanha, conforme a segunda parcial de prestação de contas divulgada no final de semana pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Já o valor total arrecadado pelos candidatos é bem inferior: R$ 281 milhões, já que 49 dos 173 postulantes ao cargo tiveram despesas maiores do que arrecadação. O maior "devedor" é o candidato ao governo de São Paulo Alexandre Padilha (PT), que informou ter arrecadado R$ 4,1 milhões e gasto R$ 35 milhões. Até então, o candidato ao governo campeão de arrecadações é o petista Rui Costa, da Bahia. Sua campanha declarou receitas de R$ 14,6 milhões. Já Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição em São Paulo, arrecadou R$ 14 milhões. A seguir, aparece o peemedebista Luiz Fernando Pezão (RJ), que declarou receitas de R$ 13 milhões.
Perdeu tempo
O governador e candidato à reeleição Beto Richa (PSDB) perdeu 42 segundos nas propagandas eleitorais veiculadas ontem na TV. A condenação ocorreu porque a Justiça Eleitoral considerou que o tucano induziu o eleitor ao erro quando mencionou, em um dos programas, que estaria "bem à frente" dos demais candidatos nas intenções de voto divulgadas na última pesquisa Datafolha. O juiz Lourival Chemim destacou também que há desproporção dos gráficos apresentados na propaganda, o que "induziu o telespectador a pensar que Richa venceria no primeiro turno".
Folclore eleitoral
Tony ou Greca - Em 1992, Tony Garcia saiu candidato a prefeito de Curitiba. Em seu primeiro programa de tevê, falou o tempo todo no então prefeito Jaime Lerner: garantia que iria continuar as obras do pedetista, que tinha pedido votos para ele, que admirava Lerner etc. No entanto, ele não era o candidato de Lerner, que apoiava Rafael Greca para a prefeitura. Os pedetistas não gostaram da brincadeira e acusaram Tony Garcia de tentar confundir o eleitor. Enquanto isso ele atacava: dizia que Greca era "político" e não um "administrador" como ele e Lerner.
Imbróglio peemedebista
A Justiça Eleitoral indeferiu, na última sexta-feira, o pedido do deputado federal Osmar Serraglio (PMDB), que pedia para voltar a ocupar o cargo de presidente do partido no estado. No mês passado, os peemedebistas aliados do senador Roberto Requião dissolveram a direção da legenda. Com isso, o ex-deputado Rocha Loures assumiu a presidência da sigla. O juiz Victor Batscheke considerou que a homologação da mudança pela executiva nacional do PMDB é suficiente para manter o grupo requianista à frente do partido no estado.
Colaborou: Katna Baran.
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