O diretório estadual do PSDB se reúne hoje de manhã para definir o prefeito de Curitiba, Beto Richa, como pré-candidato do partido a governador, afastando o senador Alvaro Dias da disputa. Segundo o presidente do PSDB estadual, Valdir Rossoni, o partido precisa definir um pré-candidato para que possa começar a negociar suas alianças com outras legendas. "Quem tem dois candidatos não tem nenhum. Hoje, os partidos perguntam quem é o pré-candidato, para que possam negociar aliança", explicou Rossoni. "A partir amanhã (hoje) teremos um pré-candidato para poder negociar, que terá o apoio da executiva e do diretório do partido nas convenções do mês de junho."
Alvaro Dias afirmou, em seu blog, que não vai participar da reunião. Para o senador, o encontro desrespeita o calendário eleitoral estabelecido pela Justiça. Ele disse também que a direção do PSDB do Paraná não manteve o acordo de que a escolha do candidato se daria por pesquisa. Para Alvaro, "a imposição do nome do prefeito Beto Richa, de forma antecipada e ilegal, arma o palanque do adversário". Entre as consequências das decisões do diretório estadual, o senador considera que o palanque de Dilma Rousseff (PT) passa a existir com a força da candidatura de seu irmão, o também senador Osmar Dias.
Rossoni considerou desagradável a tentativa de se tentar barrar o encontro na Justiça. "Todos os partidos já têm seus pré-candidatos, porque o PSDB não poderia ter?". Rossoni criticou também a postura de Alvaro Dias de informar em seu blog que não iria na reunião. "Nada é decidido no PSDB que não seja pela maioria. A reunião de amanhã (hoje) vai ter a deliberação dos 45 membros do diretório. E para dar maior legitimidade ao ato, foram convocados prefeitos, vereadores e delegados do partido, para darem suas opiniões."
A realização do encontro foi, no fim de semana, objeto de disputa judicial. O advogado Renato Vargas Guasque, um dos delegados tucanos (membro do PSDB que tem direito a voto na convenção do partido), foi à Justiça tentar impedir a reunião, argumentando que o partido não estaria cumprindo os prazos estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, que estabelece que a escolha do candidato só deve ocorrer a partir de 10 de junho.
O pedido de liminar foi negado em primeira instância, pois o juiz da 21.ª Vara Cível de Curitiba Rogério de Assis considerou que a decisão que surgir na reunião não vai surtir qualquer efeito legal perante a Justiça Eleitoral, sendo "mera decisão interna". Guasque recorreu da decisão e, no sábado, a desembargadora manteve a decisão de Rogério de Assis.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião