As doações para campanhas políticas, muito embora legais e previstas na legislação eleitoral, apresentam algumas vezes um lado que não chega a ser conhecido do grande público: o relacionamento existente entre os financiadores dos candidatos e o poder. A exigência da divulgação do nome das empresas ou pessoas que colaboram com as campanhas dos candidatos serve para tornar público o processo. Pela norma da Justiça Eleitoral, a divulgação dos doadores pode ser feita depois da eleição, o que faz com que alguns candidatos optem por fazê-lo após o término do pleito, enquanto outros cumprem a determinação ainda no andamento da campanha.
Levantamento da Gazeta do Povo mostra que, nesta eleição, Beto Richa (PSDB) e Gleisi Hoffmann (PT) são os únicos dos oito concorrentes à prefeitura de Curitiba que ainda não revelaram a identidade de seus doadores. Financiadores de Richa na eleição de 2004, porém, se relacionam com a prefeitura, assim como doadores de Gleisi, na eleição para o Senado em 2006, tem relação com o governo federal. Já os financiadores de Carlos Moreira (PMDB) têm proximidade com o governo Requião. Na avaliação dos candidatos, o fato não mostra envolvimento direto ou irregularidade, já que existe uma clara separação entre campanha e mandato.
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