O diretório nacional do PT deixou para as duas últimas linhas da resolução do partido, de três páginas, o apoio à "faxina" promovida pela presidente Dilma Rousseff. Os petistas apontaram as medidas, iniciadas com as denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes, como "continuidade" de iniciativas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"O diretório nacional do PT manifesta, por fim, seu apoio às medidas que o governo Dilma - dando continuidade ao que fazia o governo Lula - adota contra a corrupção", diz o trecho final do documento, divulgado no site do partido. A versão preliminar da resolução, modificada por meio de emendas dos petistas, era mais contundente no apoio, mas associava os desmandos nas estatais aos antecessores de Lula.
A primeira redação do documento dizia que, com "as recentes medidas adotadas em relação a denúncias de corrupção(...), o governo e a sociedade mostram que têm meios e disposição de enfrentar a crônica privatização do Estado montada pelas elites que antes governaram o País". Na versão definitiva, os petistas optaram por uma saída sem referência à oposição e que não criasse possíveis insatisfações em partidos aliados, como o PR do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento.
Na noite da última quinta-feira, o presidente do PT, Rui Falcão, foi enfático na defesa das medidas saneadoras, apesar de rejeitar o termo "faxina". "Apoiamos a ação da presidenta. O PT sempre foi defensor da ética, sempre combateu a corrupção e quer continuar empunhando esta bandeira", disse Falcão.
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