Uma equipe de 12 policiais se revezará para guardar a sala cofre da CPI de Cachoeira onde estão armazenados os documentos sigilosos já enviados pelo Supremo Tribunal Federal. O local também vai reunir outros documentos resultantes de novas investigações e quebras de sigilos. O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e o relator Odair Cunha (PT-MG) se reuniram nesta quinta-feira (3) na "caverna" - a sala fica no subsolo da ala Alexandre Costa - para definir as novas adaptações físicas e tecnológicas para que, só a partir de segunda-feira, os parlamentares tenham acesso ao local e à documentação das operações Monte Carlo e Vegas.
Além dos 12 policiais do Senado, estarão a postos técnicos do Serviço de Processamento de Dados (Prodasen) para assessorar os membros da CPI na leitura e interpretação dos documentos. Os técnicos também estão desenvolvendo um programa de informática para formatar a linguagem da documentação para melhorar o acesso e leitura. Já foram requisitados também técnicos da Receita Federal e Tribunal de Contas da União.
"Os policiais guardarão a sala cofre 24 horas por dia. Só os membros da CPI terão acesso, e não podem entrar com celular nem copiar documentos. Os assessores e jornalistas não terão acesso. E os parlamentares que forem consultar os documentos terão que assinar um termo se comprometendo a manter o sigilo", informou Vital do Rêgo. Ele nega que esteja havendo interferência da base governista para blindar o governo , esvaziando a CPI e excluindo depoimentos de governadores e do dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish.
"A CPI teve um primeiro momento profundamente vitorioso. O plano de trabalho foi aprovado sem contestação dos 64 membros. Só a questão da investigação da Delta no Centro-Oeste teve dois votos contra. O que ficou de fora agora pode entrar num segundo momento", disse Vital do Rego. Ele voltou a descartar a possibilidade de dividir a relatoria em sub relatorias, mas admitiu que pode designar membros da CPI para coordenarem alguma investigação complementar.
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